"A história dele não é só importante no FC Porto, mas também no futebol nacional". Pinto da Costa recorda Artur Jorge

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Pinto da Costa recorda Artur Jorge e a história de quando o convidou para assumir o comando técnico da equipa portista.

 
 
 
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Foi “com pena” que Jorge Nuno Pinto da Costa se despediu de Artur Jorge, “primeiro treinador a ser campeão europeu num clube português” falecido esta quinta-feira aos 78 anos. O presidente começou por descrever o antigo treinador do FC Porto como “uma pessoa com um intelecto muito alto” que incutiu na equipa de 1987 “um espírito de grupo e de vitória” que fez com que os “jogadores acreditassem que iam ganhar” ao favorito Bayern de Munique. “Um estudioso que vivia intensamente os jogos, que se preparava muito bem” e que ultrapassou barreiras nunca antes pensadas, o que torna “evidente que a história dele não é só importante no FC Porto, mas também no futebol nacional.

Pinto da Costa lembrou ainda o primeiro encontro entre os dois, em Lisboa, quando o treinador lhe respondeu à vontade de o tornar um símbolo do FC Porto com a pergunta “o presidente tem coragem?”. Com o acordo selado para ganhar, Artur Jorge “meteu o projeto no coração e na cabeça e o facto é que ganhámos”, recordou com saudade.

O homem que colocou o FC Porto no mapa europeu
“Recordo-o em muitas fases das nossas vidas porque o conheci quando jogava nos juniores do FC Porto. Era uma promessa sem dúvida. Por um acidente foi cedido à Académica e depois teve uma grande carreira na seleção nacional. Como treinador, foi uma aposta minha em 1984, fizemos um percurso lindíssimo, foi o primeiro título que o FC Porto conquistou na minhas presidência e foi o primeiro treinador português a ganhar uma prova europeia em 1987. Fez uma equipa fabulosa, conseguiu criar um espírito de grupo e de vitória. Naquela final, embora o favoritismo fosse todo do Bayern de Munique, incutiu no espírito dos jogadores uma ambição que fez com que, quando entrámos em campo, os jogadores acreditassem que iam ganhar. Era uma pessoa com um intelecto muito alto com paixões pela música, pela literatura e pela arte. É uma pena, é o que tenho a dizer.”

Uma história sem fronteiras
“É muito importante. Se é o primeiro treinador a ser campeão europeu num clube português, é evidente que a história dele não é só importante no FC Porto, mas também no futebol nacional. Era um estudioso, um homem que vivia intensamente os jogos e que se preparava muito bem. É uma pena.”

O primeiro encontro de uma grande parceria
“A primeira história de que me lembro… quando decidi que ia ser o Artur Jorge, não houve grande recetividade. Quando fui a Lisboa, num restaurante chinês que havia perto do Altis, convidei-o para almoçar e falámos de futebol e da vida dele. Eu disse-lhe: “Artur, quero que seja treinador do FC Porto”. Ele respondeu-me com uma pergunta muito interessante: “O presidente tem coragem?” e eu respondi “eu tenho, mas se você não tem acabou a conversa”. Ele afirmou perentoriamente: “Não, não. Consigo vamos para a frente”. Eu disse logo “mas olhe que é para ganhar” e ele respondeu “vamos ganhar”. A partir daí, meteu o projeto no coração e na cabeça e o facto é que ganhámos.”

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