Quase dois mil médicos já aderiram ao regime de Dedicação Plena ao SNS
Susana de Barros Pacheco
O regime de dedicação plena ao SNS já atraiu quase dois mil médicos.
No entanto, a Federação Nacional dos Medicos diz que este não é um número expressivo, porque a medida não é apelativa.
O governo faz um balanço positivo, até porque previa uma adesão de cerca de mil médicos ao regime de Dedicação Plena ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Contudo, até ao momento, já aderiram à medida 1800 profissionais. Quanto a isso, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) diz que os números são "uma questão de perspetiva", uma vez que apenas se trata de "pouco mais de 10%" a percentagem de médicos inseridos no regime.
Segundo Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM, a dedicação plena vem "aumentar as horas extraordinárias de 150h para 250h", "aumentar a jornada diária de 8h para 9h", "prever o fim do descanso compensatório depois de um médico fazer noite" e, por exemplo, "prever que um médico trabalhe ao sábado se não fizer serviço de urgência".
A presidente da FNAM disse ainda que caso esses fatores sejam "retirados do regime de dedicação plena, poderá haver mais médicos a aderirem".
Já quanto aos cerca de dois mil médicos que já estão inseridos na dedicação plena, a grande maioria das adesões terão sido feitas nas ULS de São João e de Santo António.