Um jornalista do semanário Expresso foi agredido num evento organizado por associações de estudantes da Universidade Católica Portuguesa na tarde desta terça-feira.

Segundo o Expresso, a presença de André Ventura no ciclo de debates com líderes partidários organizada pelos estudantes foi comunicada a todos os meios de comunicação social pela assessoria do Chega. O partido terá apenas comunicado que, a pedido da universidade, "não seriam permitidas câmaras dentro do auditório”, mas sem nunca referir que estava também interditada a presença de jornalistas.

Após a entrada, que foi autorizada por duas jovens à entrada e que era do conhecimento da equipa de assessoria, foi dito ao jornalista que “não podia estar presente”. Apesar de se ter voltado a identificar, continuou-lhe a ser pedido que saísse.

Segundo relata o Expresso, “dois jovens prenderam os seus movimentos, agarrando-o pelos pés e pelos braços, forçando a sua saída do evento – deixando todo o equipamento de trabalho na sala, incluindo o computador profissional”.

“Uma vez fora da sala, a intimidação continuou. E só depois da intervenção de um dos assessores de André Ventura o equipamento foi devolvido. Luc Mombito, segurança pessoal de André Ventura, ainda se dirigiria ao jornalista, perguntando-lhe de forma agressiva se este precisava “de mais alguma coisa para se sentir melhor”. Foi travado pelo assessor de imprensa do Chega, e o jornalista abandonou o local, acompanhado pelo assessor do partido”, descreve o semanário.