Sérgio Conceição lidera um plantel “habituado à pressão” na Champions (quarta-feira, 20h00).

O FC Porto está a um ponto de repetir a presença nos oitavos de final da Liga dos Campeões, mas “nenhum adepto ficará satisfeito com o empate” e Sérgio Conceição não foge à regra “enquanto treinador e sócio” do clube.

Na antevisão da sexta ronda da fase de grupos, marcada para as 20h00 desta quarta-feira no Estádio do Dragão (TVI/DAZN), o timoneiro portista prevê “um jogo muito importante para o Shakhtar e para a Ucrânia”, um adversário que se apresentará “4-3-3 clássico” com “muita qualidade individual”, recheado de “jogadores de seleção”, que “ganhou ao Barcelona” oriundo de “um país que atravessa momentos muito difíceis”.

Desejoso de que “as três equipas estejam ao seu nível, que ganhe o melhor e que o melhor seja o FC Porto”, o técnico relembra que é preciso “fazer por merecer estar nos oitavos, pela história, pelo peso e pela importância da passagem para um clube que não é dos países financeiramente mais fortes”.

“A nossa mentalidade, postura e preparação é com o intuito de ganhar”, explica quem sabe que “o futebol é um recomeçar constante” e que ganha “confiança no trabalho diário”. “É uma final e nós damo-nos bem com finais”, acrescenta o líder de um grupo de atletas “habituados a essa pressão” numa casa onde “dar tudo não chega e ir ao limite é o mínimo”.

Perante os problemas físicos na defesa, Sérgio Conceição revela que “João Mário vai ser até à última e o Wendell também é possível” que recupere. Zé Pedro e João Mendes estão fora da lista enviada à UEFA e, portanto, as soluções são óbvias: “Se não recuperarem lanço Zaidu e Jorge ou faço adaptações”.

“Fábio Cardoso a titular é uma dedução de alguém habituado a ver futebol”, retorquiu o técnico questionado sobre o tema e seguro de que “quando não se sofre está-se mais perto de ganhar”. “Se formos competentes as coisas vão correr bem”, atesta depois de repetir os apelos à “consistência e solidez como equipa”.

No dia em que se assinalam os 19 anos do segundo título mundial no Japão, Sérgio Conceição recordou Viena e Gelsenkirchen para relembrar o quão difícil é ter sucesso além-fronteiras: “O futebol é bonito porque em 1987 ninguém diria que o FC Porto conseguia o que conseguiu, em 2004 também, mas é cada vez mais difícil”.

Com “onze de início, doze no banco” e desejoso de “contar com toda a gente disponível”, o mister confidenciou ter “muita vontade de atingir os oitavos pela quinta vez” e de “chegar o mais longe possível nesta competição”. “Estou aqui para conquistar títulos e todas as vitórias são importantes”, resumiu em poucas palavras.