António Fontainhas Fernandes eleitor reitor da Universidade de Vila Real

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Porto Canal / Agências

Vila Real, 05 jul (Lusa) - O novo reitor da Universidade de Vila Real quer transformar a academia transmontana numa referência no ensino de qualidade, apostar numa investigação virada para a sociedade e lutar para que o conhecimento tenha retorno económico.

António Fontainhas Fernandes, de 51 anos e que hoje foi eleito por unanimidade pelo Conselho Geral da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), foi candidato único ao cargo de reitor.

O professor catedrático vai tomar posse num "momento decisivo" para a academia transmontana devido à redução no financiamento público. Entre 2010 e 2013, a UTAD sofreu um corte de cerca de 10 milhões de euros nas transferências estatais, passando de 35 para 25,8 milhões de euros.

Com 7.264 alunos espalhados por 118 cursos, dos quais 4.964 a frequentar os 36 cursos de primeiro ciclo, a universidade possui ainda 527 docentes e 439 funcionários.

As propinas são a principal fonte de receitas próprias deste estabelecimento de ensino superior.

Até 2017, Fontainhas Fernandes quer promover reformas a nível de funcionamento para tornar a academia mais eficaz e eficiente, bem como a nível da oferta educativa e de investigação.

O reitor quer aumentar o número de alunos dos segundo e terceiro ciclos e, para isso, defende a criação de novas ofertas em consórcio com outras instituições à semelhança do que aconteceu com o doutoramento em Enologia e Viticultura, que vai ser implementado no próximo ano letivo em parceria com a Universidade Católica.

A estratégia passa pela aposta em áreas em que a UTAD se distingue, tais como o setor vitivinícola, agroalimentar ou ambiental, as ciências químicas, matemáticas ou físicas, as ciências animais e veterinária, bem como áreas emergentes como as alterações climáticas.

Para atrair mais alunos é preciso, de acordo com o responsável, apostar na "qualidade do ensino" e numa "forte inserção na vida ativa".

O reitor defende que o empreendedorismo deve ser uma "competência lecionada" em todos os cursos e quer ainda apostar em estruturas de apoio aos estudantes com vista à criação do próprio emprego.

Com o campus transformado num dos maiores jardins botânicos da Europa, Fontainhas Fernandes quer criar um "eco campus", com a implementação de melhores práticas de gestão de resíduos, água, energia e ainda pedonalizar determinadas áreas.

Mas, para poupar, o professor quer ainda uma melhor gestão dos recursos humanos, substituir empresas exteriores por recursos próprios e pôr a universidade a prestar serviços diferenciados, que não sejam concorrenciais com o setor privado.

É preciso ainda, acrescentou, "diminuir a carga burocrática que afeta os professores diariamente para eles estarem mais disponíveis para prestar outro tipo de serviços".

Quanto às estruturas físicas da academia, que possui um polo em Chaves, Fontainhas Fernandes referiu que o "atual modelo não é sustentável", pois possui um número inferior a 200 alunos e apenas um curso de primeiro ciclo.

"É preciso repensar a oferta educativa em Chaves, o que poderá passar por outro tipo de projetos educativos que têm que ter uma forte intervenção local e apostar na eurocidade", frisou.

Quanto ao futuro das universidades, o reitor diz que é "inexorável" a proximidade da UTAD ao Politécnico de Bragança, que tem que ser feita do ponto de vista educativo e de infraestruturas.

Mas, Fontainhas Fernandes defende ainda uma estratégia de "geometria variável" com as restantes universidades do norte do país.

PLI/SYF

Lusa/Fim.

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