Proposta de classificação destaca Stop como “nicho cultural criativo”
Ana Mota
A proposta de classificação do Centro Comercial Stop já foi redigida e será discutida na próxima reunião do executivo da Câmara Municipal do Porto, que acontece na próxima segunda-feira.
O documento, a que o Porto Canal teve acesso, destaca a importância do edifício como “nicho cultural creativo”, depois de o centro comercial ter sido ocupado maioritariamente por artistas, que desenvolvem atividades relacionadas com “a prática cultural da música, na sua vertente de culto, criação, ensaio e ensino”.
A proposta destaca ainda a relação que é estabelecida entre o edifício, enquanto “artefacto arquitetónico” e o nicho de produção criativa, o que relembra o conceito de “cidade líquida de Paulo Cunha e Silva, aplicado à urbanidade”, pode ler-se no documento.
A proposta, que será apresentada por Rui Moreira, prevê a abertura do procedimento de classificação de interesse municipal do Centro Comercial Stop, devido à “urgência social da salvaguarda da modernidade” do centro, e estabelece a constituição de uma zona geral de proteção de 50 metros.
Uma vez que não existem condições legais para a classificação do centro comercial pelo Ministério da Cultura, o Presidente da Câmara do Porto já tinha anunciado que seria o município do Porto a avançar com a classificação.