Álvaro Prieto, jogador de 18 anos do Córdoba, cujo corpo foi encontrado sem vida, esta segunda-feira, entre duas carruagens de um comboio, morreu eletrocutado, confirmaram os resultados da autópsia. 

Os exames feitos ao jovem comprovam, assim, o cenário adiantado pela imprensa espanhola, apoiando a teoria já demonstrada pelas imagens captadas pela câmara de videovigilância da bomba de gasolina situada nas redondezas da estação de Santa Justa. O jogador espanhol dos escalões de formação do Córdoba levou um choque elétrico de cerca de três mil volts, após ter-se agarrado a cabos de alta tensão, enquanto estava no topo de uma carruagem de comboios que "tinha sido transferido para o Centro Técnico de Tratamento no dia 24 de agosto, estacionado na pista de treino 1", relata o "El Mundo".

O incidente terá acontecido logo na quinta-feira, dia do seu desaparecimento, entre as 9h30 e as 9h45, de acordo com o delegado do governo, Pedro Fernández, em declarações ao Canal Sur Radio y la Cadena Ser, citado pelo El País.

Foi um directo da televisão pública espanhola RTVE que pôs termo aos cinco dias de intensas buscas pelo jovem jogador, circunstâncias que estão a gerar polémica nas redes sociais. 

A RTVE, que transmitiu as imagens do corpo do jovem em directo, mesmo antes de a família ou as forças policiais saberem destas informações, já se retratou pelo sucedido.

“Pedimos desculpas pelas imagens que oferecemos ao vivo no programa Mañaneros. São imagens que nunca deveriam ter sido veiculadas e que foram retiradas da transmissão digital do programa. Reiteramos as nossas desculpas à família de Álvaro Prieto”, referiu o programa no X (antigo Twitter).

Pedimos disculpas por las imágenes que hemos ofrecido en directo en el programa 'Mañaneros' de La 1. Imágenes que no deberían haberse emitido nunca y que han sido retiradas de la emisión en digital del programa. Reiteramos nuestras disculpas a la familia de Álvaro Prieto. pic.twitter.com/GySPGoqvkX

— Mañaneros (@MananerosTVE) October 16, 2023

Recorde-se que o jovem foi dado como desaparecido na passada quinta-feira, 12 de outubro, quando se preparava para apanhar um comboio em Santa Justa, na cidade de Sevilha, de regresso a Córdoba, depois de ter passado a noite com amigos.

Álvaro Prieto perdeu a ligação para a qual tinha bilhete de Sevilha para Córdoba na quinta-feira, às 7h40. Sem bateria no telemóvel, terá tentado aceder a outro comboio, passando por cima de uma carruagem, mas terá tocado em cabos de alta tensão e morrido eletrocutado, tendo o seu corpo sido encontrado entre duas carruagens, com as mãos queimadas e sem cabelo. O jovem esteve desaparecido durante 100 horas até o seu corpo ser encontrado na manhã de segunda-feira.

A família de Pietro, que, inicialmente, defendeu que ele tivesse apanhado boleia fora da estação ou que tivesse sido “atropelado ou raptado” emitiu um comunicado a agradecer “o profissionalismo e a qualidade humana” da Brigada de Homicídios e Desaparecimentos da Polícia Nacional e das restantes autoridades que ajudaram a encontrá-lo.