Desempregados e beneficiários do RSI patrulham florestas de Caminha
Porto Canal / Agências
Caminha, 05 jul (Lusa) - Cinco homens, desempregados e beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), estão a vigiar as florestas do concelho de Caminha, recrutados pela Câmara para formarem uma equipa de prevenção florestal, indicou hoje à Lusa fonte municipal.
Esta equipa vai trabalhar sobretudo na "prevenção dos incêndios e na minimização dos seus efeitos", tendo recebido a "formação necessária" para estas ações e a missão de desenvolver atividades como silvicultura preventiva, através da gestão de combustíveis em faixas de contenção e de proteção de aglomerados populacionais.
Com idades entre os 33 e os 49 anos, estes homens estão no terreno desde 01 de julho e vão receber uma bolsa mensal, subsídios de alimentação e de transporte, tendo contrato até março de 2014, altura em que a autarquia prevê avaliar a continuidade deste projeto.
"Também a manutenção e beneficiação de infraestruturas e equipamentos no âmbito da defesa da floresta vão ser outras das funções levadas a cabo por esta equipa, a par da vigilância dos espaços florestais", explicou a mesma fonte. Este projeto conta ainda com o apoio do Conselho Diretivo de Baldios da freguesia de Azevedo, que disponibilizaram uma viatura para a deslocação desta nova equipa.
Este grupo de trabalho, acrescentou a fonte, foi constituído depois de uma candidatura da Câmara de Caminha a um programa do Instituto de Emprego e Formação Profissional, entretanto aprovada.
Através do programa Trabalho Social pelas Florestas são desenvolvidas atividades de "valorização e proteção da floresta, minorando os riscos, os efeitos e a dimensão dos fogos florestais e promovendo a sua florestação e reflorestação", sublinha o município.
Desde 2007, segundo números da autarquia, as operações de prevenção de fogos florestais representaram num investimento que ascende a 224.301 euros, ao qual se acresce o apoio direto às corporações de bombeiros do concelho.
Entre outras intervenções contam-se neste investimento trabalhos de beneficiação de infraestruturas florestais, nomeadamente dezenas de quilómetros de caminhos, aceiros e arrifes.
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