Ministro da Economia reage com "humildade" à descida da taxa de desemprego

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 31 jul (Lusa) - O ministro da Economia, António Pires de Lima, afirmou hoje que a descida da taxa de desemprego para 14,1% é positiva, acrescentando que o Governo mantém uma "grande humildade" perante um nível de desemprego que considera ainda "muito alto".

O governante, que falava à margem da apresentação de um estudo sobre o acordo comercial que está a ser negociado entre a União Europeia e os Estados Unidos, considerou que os "números muito positivos" significam "maior confiança" do setor privado e maior disponibilidade para contratar pessoas, mas acrescentou que o objetivo do Governo é continuar a diminuir a taxa de desemprego.

"É preciso continuarmos com uma atitude de grande humildade porque 14,1% de desemprego é muito melhor do que 17,7%, que era aquilo que tínhamos há 18 meses, mas continua a ser um nível de desemprego muito alto", sublinhou.

Pires de Lima acrescentou que o Governo tem "perfeita consciência e sensibilidade social para perceber que, apesar da enorme melhoria que existiu ao longo do último ano, há muitas pessoas em Portugal que querem trabalhar" e continuam sem encontrar emprego, ficando privadas "de uma parte muito importante da sua dignidade".

O Eurostat revelou hoje que a taxa de desemprego em Portugal recuou para 14,1% em junho, uma descida de duas décimas face a maio e de 2,5 pontos percentuais face a junho de 2013, a maior queda homóloga na UE.

De acordo com os dados hoje avançados pelo gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), que dão conta da mais baixa taxa de desemprego na zona euro desde setembro de 2012 (11,5%), Portugal tem sido dos Estados-membros com uma evolução mais positiva. No mês passado apresentou a taxa mais baixa desde novembro de 2011 (altura em que se encontrava nos 14%, vindo depois a subir até um "pico" de 17,8% em abril de 2013).

Na comparação homóloga (com o mesmo período do ano anterior), Portugal apresenta o maior recuo entre todos os Estados-membros da UE, de 16,6 para 14,1%, ou seja, 2,5 pontos percentuais, à frente da Hungria (descida de 2,3 pontos), Irlanda (1,8) e Espanha (1,7).

RCR// ATR

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