Portugueses recorrem cada vez mais a intermediários de crédito
Porto Canal
O aumento das taxas de juro está a motivar os portugueses a recorrerem a intermediários de crédito com o objetivo de contrariar, transferir ou renegociar os empréstimos de habitações, adianta este domingo o Jornal de Notícias, com base na lista de intermediários no Banco de Portugal (BdP).
Seguindo esse documento, o número de entidades privadas ou coletivas é de 5.788, uma subida de 729 empresas, face a 2020.
O aumento nos últimos anos deve-se ao aumento dos empréstimos de casa, uma vez que dos 729 novos intermediários de crédito, a título individual ou coletivo, 706 negociam com o crédito à habitação, noticia a mesma fonte.
De acordo com o mesmo jornal, o BdP não dispõe de dados recentes acera da proporção de créditos que foram contratados por meia da intermediação.
Em declarações ao JN, o presidente da Associação Nacional de Intermediários de Crédito, Tiago Vilaça, afirma que em ano pandémico eram 12,3%, contudo “esse número já cresceu exponencialmente”.O número de funcionários alojados à profissão de intermediador de crédito não é conhecido, mas sabe-se que existem 5.788 registos de empresas, mas estima-se que cada entidade tenha vários trabalhadores, escreve o JN.
Isso é argumentado pelo facto do número de certificações e formações ter aumentado em Portugal no ano passado. Em 2022 foram verificadas 4.175, mais 304 face a 202, conforme contas do Banco de Portugal, citadas pelo mesmo jornal. Mais de 70% das formações referem-se ao crédito à habitação.
É de referir que o setor da intermediação de crédito foi regulado em 2018.