Acusados mais de 70 arguidos no processo "Tempestade Perfeita"

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Porto Canal

O Estado foi lesado em pelo menos um milhão de euros em casos de corrupção, relacionados com adjudicações de obras públicas no setor da defesa.

Um dos exemplos, é a obra do Hospital Militar de Belém. Os contratos dizem respeito ao tempo em que João Gomes Cravinho, atual ministro dos Negócios Estrangeiros, era ministro da Defesa.

O Ministério Público acusa agora 73 arguidos no processo, entre os quais altos cargos, onde se destaca, Alberto Coelho, ex-diretor da Direção-Geral dos Recursos da Defesa Nacional.

São 300 páginas de acusação que descrevem de forma minuciosa as tantas dezenas de contratos fictícios, elaborados à volta do Ministério da Defesa a envolver outras tantas dezenas de empresários da construção civil.

Em dezembro do ano passado, o Ministério Público (MP) e a Polícia Judiciária fizeram buscas na Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional com investigação baseada em atos praticados entre 2018 e 2021.

O processo começou com a mira na derrapagem nas contas da empreitada da requalificação do Hospital Militar de Belém, que originou meses mais tarde a detenção de Alberto Coelho, responsável durante seis anos pela Direção Geral. É acusado agora de crimes como corrupção passiva, branqueamento, peculato e falsificação de documento.

A acusação relativa a este processo…chamado de tempestade perfeita… defende também que pague ao Estado mais de 86 mil euros, valor correspondente às vantagens obtidas de forma ilícita. Além de Alberto Coelho, há mais 72 arguidos acusados destaca-se Paulo Morais Branco, um ex-diretor financeiro.

O processo já fez uma baixa no Governo português, o Secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira, demitiu-se a 7 de julho, horas depois de se saber que tinha sido constituído arguido por suspeitas de corrupção e participação económica.

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