Aumentos salariais continuam a não acompanhar o disparar dos preços 

Aumentos salariais continuam a não acompanhar o disparar dos preços 
| Economia
Porto Canal

Nos últimos meses, os salários têm vindo a ser atualizados. No entanto, os valores ainda não acompanham a escalada de preços resultante da crise inflacionista dos últimos dois anos.

De acordo com o jornal Público, apesar de uma recuperação recente, o salário médio dos portugeses registou, desde 2021, um aumento menor do que os preços.

O mesmo jornal avança que, de acordo com os dados publicados pelo INE, a remuneração média paga em Portugal subiu, entre o segundo trimestre de 2021 e o segundo trimestre de 2023, 9,4%. Contudo, o índice de preços do consumidor subiu 12,4% durante o mesmo período, o que resulta numa perda média de poder de compra de 3%.

O Público avança ainda que os salários apenas começaram a aumentar entre o final de 2022 e o início deste ano, quando o Estado e algumas empresas atualizaram os salários, o que tem tido reflexos positivos.

Pela primeira vez nos últimos 12 meses, a remuneração média bruta real foi, no segundo trimestre deste ano, 2,4% superior em relação ao período homólogo, avança o mesmo jornal. Em simultâneo, a inflação desceu, chegando aos 3,1% em Julho.

No entanto, segundo o Público, , no segundo trimestre, a remuneração média bruta continuou a cair no setor da “Electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio”, com uma perda homóloga de 4,3%, no sector da “Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca”, diminuindo 1,2%, e no sector das “Actividades financeiras e de seguros”, onde se registou uma descida de 0,7%.

Pelo contrário, as maiores subidas do salário médio real face aconteceram na “Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória” e nas “Actividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais”, com aumentos de 4,7%.

Antes da crise inflacionista, o aumento do valor do salário médio superou a subida dos preços durante cinco anos seguidos. Um ganho do nível salarial que não foi eliminado durante a crise, sublinha o Público.

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