Apicultores de Viana do Castelo queixam-se de falta de estratégia de combate à vespa asiática

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Porto Canal / Agências

Viana do Castelo 29 jul (Lusa) - Os apicultores de Viana do Castelo queixam-se da "ausência" de uma estratégia de combate à progressão da vespa asiática, espécie predadora de abelhas, que garantem estar "descontrolada" no concelho e em vários distritos do norte.

Segundo José Conde, apicultor local, na segunda-feira foram localizados quatro ninhos daquela espécie na freguesia de Outeiro, a cerca de 300 metros dos vários apiários. Há suspeitas de que haverá outros dois ainda por localizar.

"Contatamos o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e a Proteção Civil. Pedem-nos as coordenadas GPS, mas depois ninguém toma uma atitude", disse o apicultor.

A vespa velutina, de origem asiática, é considerada uma predadora "mais perigosa" do que a espécie autóctone nacional, sendo conhecida por atacar abelhas e colmeias.

"Sentimo-nos perdidos, porque ninguém nos apoia no combate a esta praga", lamentou.

A agência Lusa procurou obter uma posição sobre o assunto da parte da Secretaria de Estado da Alimentação e Investigação, mas sem sucesso até ao momento.

Também o presidente da Associação Apícola do Minho (APIMIL) criticou a alegada falta de uma estratégia de combate a esta espécie originária do sudoeste da Ásia e alertou que a "propagação está totalmente descontrolada".

"As entidades envolvidas não assumem. É um simples exercício que qualquer um pode fazer. Telefona às várias entidades com competência na matéria, diz que encontrou um ninho e vê a resposta", disse Alberto Dias, que representa centena e meia de apicultores, que produzem, no Alto Minho, mais de 150 toneladas de mel por ano.

Os primeiros indícios da presença em Portugal desta espécie surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir do final de 2012.

Alberto Dias afirmou que a propagação começou a ficar "descontrolada" a partir de novembro de 2013, quando a proteção civil municipal deixou de assegurar a destruição dos ninhos.

"Temos um problema grave agora. Os casos multiplicam-se, quer no meio rural quer dentro das cidades. Viana do Castelo, Vila Nova Cerveira, Ponte de Lima e Caminha são os concelhos mais afetados no Alto Minho, mas também os colegas dos distritos de Braga, Porto e Viseu estão confrontados com o mesmo problema", disse o presidente da APIMIL.

No início deste mês, a Câmara de Viana do Castelo exigiu ao Governo "a clarificação urgente de quem deve coordenar e quais os meios a afetar" no combate a esta praga.

"No ano de 2013, a atribuição dessa tarefa deixou de ser clara, uma vez que, se por um lado o plano de ação relativo à vespa velutina, da autoria da DGAV, prevê que compete aos serviços de Proteção Civil acionar os meios necessários à destruição dos ninhos, acontece, por outro lado, que em dezembro de 2013 a Autoridade Nacional de Proteção Civil emitiu um comunicado declinando toda a responsabilidade nesta matéria, atribuindo-a, nesse mesmo documento, à DGAV", sustentou na altura o município.

A autarquia garantiu receber "com muita frequência" da DGAV denúncias de novos ninhos, "juntamente com a informação reiterada de que a destruição dos mesmos não é da sua competência".

ABYC // JLG

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