FCT confia na "transparente e rigorosa" avaliação das unidades de investigação

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 11 jul (Lusa) -- A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) reafirmou hoje a sua "total confiança" no processo de avaliação das unidades de investigação que está a decorrer, que diz ter "total transparência, rigor e isenção".

"A avaliação das unidades de investigação levada a cabo pela FCT em colaboração com a European Science Foundation (ESF) corresponde a um exercício de avaliação regular, previsto na Lei e que decorre como planeado e divulgado, quer do ponto de vista dos procedimentos quer do ponto de vista do calendário anunciado", diz a FCT na sua página da internet.

Além de salientar a transparência e o "cumprimento das melhores práticas internacionais" no processo, a FCT lembra no comunicado que o regulamento do concurso foi sujeito a consulta pública e "amplamente discutido", e "rejeita de forma veemente qualquer interferência, direta ou indireta, no processo de avaliação".

A posição da FCT surge um dia depois de a oposição (PS, PCP e Bloco de Esquerda) acusar o Governo, na Assembleia da República, de estar a promover "mais cortes" na ciência, designadamente no financiamento das unidades de investigação científica.

O PCP anunciou que a bancada comunista requereu a presença na Assembleia da República da secretária de Estado da Ciência, Leonor Parreira, "no sentido de discutir as consequências do processo de avaliação das unidades de investigação" realizado pela FCT.

"O processo decorreu com irregularidades, que foram já notadas pela comunidade científica, e levanta legítimas preocupações", disse a deputada comunista Rita Rato.

Também na quinta-feira, a Universidade de Évora anunciou que está a contestar junto da FCT a classificação atribuída a seis dos seus 10 centros de investigação avaliados, considerando que "há bastantes discrepâncias na avaliação", que apelidou de "cega".

No mesmo dia, o coordenador do Centro de Linguística da Universidade do Porto (CLUP) disse que a unidade corre o risco de encerrar por falta de financiamento. Ao mesmo tempo, era lançada uma petição pública a contestar a avaliação.

No início da semana também já tinham sido divulgadas queixas de Centros de Investigação da Universidade de Coimbra.

Em resposta a todas elas, a FCT reafirma a sua "confiança no rigor e transparência" da avaliação das Unidades de Investigação e Desenvolvimento.

Das 322 unidades avaliadas, 52% passaram à segunda fase e outras 26% obtiveram a classificação de Bom, tendo assegurado um financiamento base, diz o comunicado da FCT, que acrescenta: " As Unidades que passaram à 2.ª fase, e que podem ver o seu financiamento base acrescido de financiamento estratégico, comportam dois terços dos investigadores que integram as Unidades em avaliação".

FP (PMF/RRL/TDI) // SO

Lusa/fim

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