Oposição critica venda de edifício que iria receber funcionários da Câmara de Lisboa

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 09 jul (Lusa) -- A oposição na Câmara de Lisboa criticou hoje a venda de um prédio nos números 61 a 79 da Rua do Ouro, na baixa pombalina, que estava pensado para instalação de serviços da autarquia.

O edifício foi um dos que foram propostos pela câmara para colocar em hasta pública, durante a reunião do executivo municipal de hoje.

Porém, a venda do mesmo, por um valor base de sete milhões de euros, "põe em causa a possibilidade de lá ter vereadores", disse hoje à agência Lusa o vereador António Prôa, do PSD.

O social-democrata considerou que a câmara deve definir um "pensamento estratégico sobre o que fazer com o património do município".

Carlos Moura, do PCP, explicou que a autarquia "arrenda andares na Baixa para [alojar] vários serviços, em vez de rentabilizar um edifício com condições".

De acordo com o comunista, o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, explicou na reunião que o edifício em causa "não tem condições para albergar os diversos serviços da câmara".

Por seu turno, o vereador do CDS-PP, João Gonçalves Pereira, assinalou que "a câmara já deixou outros edifícios históricos, alguns bem mais emblemáticos do que aquele, irem parar às mãos de privados".

Para além disso, "a alienação tem regras", pelo que o adquirente privado não pode fazer o que quiser e não é por aí que se perde valor do edifício", frisou.

As propostas referentes à hasta pública desta e de outras infraestruturas, entre as quais 24 prédios devolutos para o programa "Reabilita primeiro e paga depois", foram aprovadas na reunião de hoje, com votos contra do PCP. Os restantes partidos com assento municipal votaram a favor, entre eles o PSD e o CDS-PP.

Segundo contas de António Prôa, a venda destes imóveis poderia gerar um total de 60 milhões de euros para a câmara, o que seria "significativo" para o orçamento do município.

Porém, segundo o autarca do PSD, para além de esta situação poder levar a uma "inundação de património municipal" colocado à venda, originando a sua desvalorização, o histórico destas hastas públicas revela que a taxa de execução não ultrapassa os 10%.

AYMN // ARA

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