Ex-presidente da Câmara de Vale de Cambra ilibado de acusação de compra de terreno

| Norte
Porto Canal / Agências

Vale de Cambra, 01 jul (lusa) - O ex-presidente da Câmara Municipal de Vale de Cambra revelou hoje que foi arquivado o processo em que o Ministério Público investigava o seu envolvimento em práticas ilícitas relacionadas com a aquisição de um terreno numa zona industrial.

Em conferência de imprensa, o social-democrata José Bastos recordou que o caso remonta a 2011 e foi instaurado na sequência de um artigo de opinião publicado nos dois jornais locais por Albano Braga, então deputado do CDS na Assembleia Municipal e agora adjunto da presidência no atual executivo camarário, também liderado pelos populares.

"Fui injustamente acusado e, depois de três anos de investigação, o processo foi arquivado e quem me acusou vai ter de responder em tribunal por dois crimes de difamação agravada, porque, sendo eu então presidente da Câmara, isto é considerado crime público", explica José Bastos.

Segundo o próprio ex-presidente e atual vereador do PSD, a investigação analisou questões como a compra de um terreno na Zona Industrial de Lordelo pela sua esposa, a exploração indevida da rede de água e o recurso, para efeitos privados, de funcionários da autarquia.

"Num meio pequeno como Vale de Cambra, a minha família passou por graves problemas", garante José Bastos. "Estou certo de que [as suspeitas levantadas pela investigação] tiveram sérias repercussões nos resultados das eleições autárquicas de 2013", acrescenta aquele que foi o cabeça-de-lista do PSD na corrida de setembro.

Realçando que nunca foi constituído arguido, o autarca afirma: "Sempre estive de consciência tranquila quando à justeza e legalidade dos atos praticados, quer como presidente de Câmara, quer como cidadão".

Quanto às acusações agora enfrentadas por Albano Braga, José Bastos refere: "Ditam as regras da ética e da moral políticas que, nessa situação, o arguido - que exerce neste momento as funções de adjunto do presidente da Câmara - devia no mínimo suspender essas funções até ao términos do respetivo processo".

Já a propósito do inquérito que no início deste ano motivou buscas da Polícia Judiciária ao edifício da Câmara Municipal, num processo sem relação com o que hoje motivou a conferência de imprensa, José Bastos disse que essa investigação ainda está a decorrer.

"Mas o que me disse o investigador é que ia propor ao Ministério Público o arquivamento desse processo", anuncia.

Contactado telefonicamente pela Lusa, Albano Braga não esteve disponível.

AYC // MSP

Lusa/Fim

+ notícias: Norte

Habitação para os jovens? Eis as medidas do Governo

As medidas de habitação para os jovens vão ser aprovadas num Conselho de Ministros extraordinário dedicado ao tema, disse esta sexta-feira o ministro da Habitação, sublinhando que esta área não pode ser o "parente pobre" do Estado social.

Detido homem que esfaqueou a irmã de nove anos

Uma menina de nove anos foi esfaqueada esta sexta-feira à tarde em Novelas, Penafiel, e acabou por ser transportada para o Hospital de São João. Tal como o Porto Canal avançou, o suspeito é o irmão da criança, que já terá sido detido pela Guarda Nacional Republicana (GNR).

Braga prepara-se para 72 horas "romanas" com 300 mil visitantes

A edição 2024 da Braga Romana, que vai decorrer de 22 a 26 de maio, contará com 72 horas de programação e perto de 200 atuações em seis palcos, contando atrair 300 mil visitantes, foi hoje anunciado.