Índia sem contacto com 40 cidadãos na cidade iraquiana de Mossul
Porto Canal / Agências
Nova Deli, 18 jun (Lusa) -- O Governo indiano revelou hoje não conseguir contactar com 40 nacionais que trabalham no setor da construção na cidade iraquiana de Mossul, tomada recentemente por jihadistas.
"Não conseguimos contactar com os trabalhadores de Mossul. E não dispomos de informação sobre a situação. Prefiro não especular", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Syed Akbaruddin, citado pela agência Efe.
'Medias' locais, como o The Times of India, informaram que os operários tinham sido sequestrados por jihadistas do grupo Estado Islâmico do Iraque e Levante (ISIL na sigla em inglês), que tomou o controlo de Mossul, segunda cidade do país, na semana passada.
Porém, o Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano afirmou não ter qualquer indicação de que os 40 cidadãos indianos foram atacados, envolvidos em incidentes violentos ou sequestrados.
O Governo indiano anunciou que irá destacar para Mossul um enviado especial -- Suresh Reddy -- para tratar da retirada dos seus cidadãos.
Além dos operários da construção, há 46 enfermeiras de nacionalidade indiana no Iraque, na cidade de Tikrit, também tomada pelo EIIL.
O Governo indiano indicou que a maioria das enfermeiras pretende permanecer no Iraque, mas que algumas preferem regressar ao país, tendo feito o pedido às autoridades do seu estado, Kerala.
"Somos prisioneiras nas instalações do hospital. Temos medo porque não há segurança. Os soldados, a polícia e todos fugiram. Estamos sozinhas", disse a enfermeira Marina Jose, a partir de Tikrit, à cadeia televisiva indiana NDTV.
Nas últimas semanas, o grupo extremista sunita do EIIL assumiu o controlo algumas das principais cidades do Iraque e ameaça tomar de assalto Bagdade.
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