Orlando Cruz avança pelo Partido Trabalhista Português em Matosinhos
Porto Canal / Agências
Matosinhos, 26 jun (Lusa) -- O candidato independente do Partido Trabalhista Português (PTP) à Câmara de Matosinhos, Orlando Cruz, apresentou-se hoje oficialmente à corrida eleitoral, afirmando estar convencido de que "vai ganhar" as eleições autárquicas do dia 29 de setembro.
"Estou com força e vou ganhar a Câmara de Matosinhos", afirmou Orlando Cruz à Lusa, acrescentando que, apesar de não querer ser candidato, o apoio que recebeu através de "mais de cinco e-mails e telefonemas" motivaram-no a avançar com esta candidatura na sua cidade natal, na qual concorre para vencer e "não para ficar em 2.º lugar".
Orlando Cruz apresentou-se oficialmente no dia 08 como o candidato do PTP à Câmara do Porto, mas dois dias depois o partido anunciou a sua desistência "por razões de natureza particular", sendo que no sábado foi conhecido o novo candidato ao Porto.
"Desisti da minha candidatura em virtude da minha separação, problemas particulares com a dra. Damis Bella, e não me senti em condições para continuar com a candidatura ao Porto, mas derivado a que mais de cinco mil pessoas me convidaram, me desafiaram a ser candidato, todos os dias, e depois o líder do partido [PTP] também me forçou (...), vou dar o meu máximo aqui, por Matosinhos", sublinhou.
Questionado pela Lusa se já tinha ultrapassado a dor da sua separação para abraçar agora o desafio em Matosinhos, o candidato admitiu que "não é de um dia para o outro" que consegue deixar de ficar "triste", contudo, entendeu não poder "meter a cabeça na areia e desistir [de ser candidato] por uma questão particular".
O discurso com que se apresentou hoje no Mercado de Matosinhos foi semelhante ao que proferiu no Porto: Orlando Cruz reafirmou ser diferente dos seus opositores por não ser "camaleão" e por ser "um Che Guevara" que olha para os problemas reais.
"Sou um candidato de pessoas e não de números. Tenho visitado várias casas onde não há pão, não há luz e água e isso é o que me faz ser um Che Guevara. Este país precisa de muitos ches guevaras, de muita gente revolucionária, precisa que as pessoas acordem e tenham coragem", sustentou.
Alegando o artigo 21.º da Constituição -- direito à resistência -, Orlando Cruz adiantou pretender mobilizar a população para uma concentração "em Matosinhos ou no Porto para demitir este Governo".
Quanto aos seus projetos para Matosinhos, Orlando Cruz afirmou pretender "transformar a cidade na mais ecológica e bonita", investindo para que haja "alegria, divertimento e diversão para os turistas".
Mas "os moradores [de bairros] que não respeitarem o silêncio, que não tratarem as suas casas como deve ser, comigo não vou ter outra coisa se não uma saída", alertou.
"Transformar Matosinhos tipo Paris ou Leon, onde se vê flores e jardins em todo o lado; o cimento a mim mete-me uma aflição terrível", concluiu.
Orlando Cruz junta-se assim a Pedro Vinha da Costa (PSD), António Parada (PS), Fernando Queiroz (BE), José Pedro Rodrigues (CDU) e ao atual autarca Guilherme Pinto (independente) na disputa pela presidência da Câmara de Matosinhos.
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