Presidente da República diz que abstenção "não é solução"

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 25 mai (Lusa) - O Presidente da República apelou hoje aos portugueses para que "saiam do seu conforto, façam um esforço" e vão votar nas eleições europeias, sublinhando que a abstenção "não é solução" e "não contribui para o progresso do país".

"A abstenção não é solução, não contribui para melhorar as condições de vida dos portugueses, não contribui para o progresso do país", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas depois de ter votado para as eleições europeias, em Lisboa.

Reiterando que as decisões do Parlamento Europeu "influenciam o dia-a-dia dos portugueses", Cavaco Silva pediu para que os eleitores exerçam o seu direito de voto: "Eu penso que ainda há tempo para saírem do seu conforto, fazerem um esforço, dirigirem-se às mesas de voto e fazerem a sua escolha".

"Eu conheço por experiência própria a importância e o papel da União Europeia, os portugueses devem estar conscientes de que o nosso país depende muito das políticas europeias, o nosso desenvolvimento económico e social", insistiu.

Interrogado sobre os temas discutidos durante a campanha eleitoral, o Presidente da República concordou que "se falou pouco de Europa", considerando que teria sido importante uma maior discussão, porque têm existido dificuldades na Europa e é importante que "os cidadãos europeus façam ouvir a sua voz".

"É o único caso em que uma instituição europeia é escolhida pelo voto direto dos cidadãos e, por isso, repito, a abstenção não é solução, não contribui para melhorar as condições de vida dos portugueses, não contribui para o progresso do país", acrescentou.

Relativamente ao apelo que fez na altura em que marcou as eleições sobre a necessidade de uma campanha eleitoral sem "querelas", Cavaco Silva disse não ser "o tempo para fazer quaisquer comentários sobre essa matéria".

Perto de 9,7 milhões de eleitores são hoje chamados a eleger os 21 deputados portugueses no Parlamento Europeu, menos um do que há cinco anos.

No total, concorrem 16 listas, mais três do que nas europeias de 2009.

Nas eleições realizadas há cinco anos, o PSD, que agora concorre coligado com o CDS-PP, elegeu oito eurodeputados, enquanto o PS conseguiu conquistar sete lugares no Parlamento Europeu.

O BE foi a terceira força política mais votada, elegendo três eurodeputados, e o CDS-PP elegeu dois, tal como a CDU.

A abstenção nas eleições realizadas a 07 de junho de 2009 foi de 63,22%, mesmo assim abaixo do valor recorde registado em 1994, 64,46%.

No total, serão eleitos 751 eurodeputados pelos 28 Estados-membros da União Europeia, que representarão cerca de 500 milhões de cidadãos da UE nos próximos cinco anos.

VAM // ROC

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