ONU pede calma e respeito pelo processo eleitoral no Malaui
Porto Canal / Agências
Nações Unidas, 25 mai (Lusa) -- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu, este sábado, "a todos os candidatos, partidos políticos e instituições do Malaui para manterem a calma e apoiarem plenamente a comissão eleitoral no seu trabalho".
Segundo um comunicado do seu porta-voz, Ban Ki-moon felicitou os eleitores pela sua participação massiva no escrutínio de 20 de maio.
O secretário-geral da ONU "notou que os primeiros relatos dos observadores do escrutínio indicavam que estava, de um modo geral, em conformidade com os padrões regionais e internacionais, não obstante os problemas técnicos detetados".
Ban Ki-moon insta "todos os dirigentes políticos a pedirem aos seus apoiantes para se absterem de toda a violência ou ação suscetível de perturbar o processo eleitoral, cujo sucesso é essencial para consolidar a democracia no país", refere o mesmo comunicado, citado pela agência AFP.
A Presidente do Malaui, Joyce Banda, que estava à beira da derrota, decretou, no sábado, a anulação das eleições de 20 de maio, alegando a existência de fraudes, numa decisão invalidada, na passada noite, pela justiça.
Segundo os resultados preliminares anunciados na sexta-feira após a contagem de cerca de um terço dos votos, o candidato presidencial Peter Mutharika, 74 anos, estava na frente da corrida com 42%, contra 23% de Joyce Banda, de 64 anos, no poder desde 2012.
Cerca de 7,5 milhões de eleitores do Malaui foram chamados às urnas para escolherem o Presidente, os deputados e os seus representantes locais.
O Malaui é um dos países mais pobres do mundo e perto de metade dos 15 milhões de habitantes vive com menos de um dólar por dia e mais de 40% do orçamento deste país africano resulta de ajudas ao desenvolvimento de países ocidentais.
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