Conselho de Segurança da ONU condena ataque contra 'capacetes azuis' no Darfur
Porto Canal / Agências
Nações Unidas, 25 mai (Lusa) -- O Conselho de Segurança da ONU condenou veementemente o ataque que causou a morte, este sábado, de um elemento ruandês da missão conjunta ONU-União Africana no Darfur (Minuad) e deixou outros três feridos.
Numa declaração unânime, o Conselho pede ao governo sudanês para abrir rapidamente um inquérito ao incidente e para levar à justiça os responsáveis pelo ataque.
Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU reiteram ainda o seu apoio à Minuad e instam "todas as partes envolvidas do Darfur a cooperarem plenamente com a missão".
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também condenou o ataque num comunicado e apresentou as suas condolências ao governo ruandês.
A ofensiva ocorreu quando os 'capacetes azuis' tentavam mediar um conflito tribal no Darfur, no oeste do Sudão, anunciou a Minaud.
"Quatro 'capacetes azuis' ruandeses ficaram feridos nesses confrontos e um deles sucumbiu aos ferimentos", indicou a missão num comunicado, citado pela agência AFP, especificando que um dos elementos feridos se encontra em estado crítico.
Os confrontos tiveram como palco Kebkabiya, a cerca de 140 quilómetros a oeste de El-Facher, capital do estado de Darfur do Norte.
A Minuad, criada há seis anos e com um dispositivo de 19.000 soldados e polícias, tem sido alvo dos cada vez mais frequentes ataques no Darfur, onde a violência se tem agravado nos últimos 18 meses.
No ano passado, estes ataques resultaram na morte de 16 'capacetes azuis'.
O Darfur é palco de um conflito entre movimentos rebeldes e o exército sudanês desde 2003, que já causou mais de 300.000 mortos e obrigou 2,7 milhões de pessoas a abandonar as suas casas, de acordo com dados das Nações Unidas.
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