Amnistia Internacional ataca restrição de liberdades após golpe de Estado
Porto Canal / Agências
Banguecoque, 24 mai (Lusa) -- A Amnistia Internacional (AI) condenou hoje a detenção de manifestantes que contestam o golpe de Estado na Tailândia e pediu à juntar militar para levantar as "duras" restrições de liberdade de expressão e reunião.
Pelo menos três pessoas foram presas na sexta-feira em Banguecoque, segundo a organização, durante um protesto contra a intervenção dos militares e para reivindicar o restabelecimento de uma autoridade civil e democrática.
"A prisão de manifestantes pacíficos pelos soldados é um precedente perigoso. As pessoas que somente expressam opiniões não devem ser penalizadas", disse em comunicado o diretor da Amnisitia Internacional para a Ásia e Pacífico, Richard Bennett.
"A manutenção da ordem pública não pode ser desculpa para violar os direitos humanos", acrescentou.
A Amnistia Internacional também instou os generais a clarificarem a situação de mais de 150 políticos e ativistas, incluindo a ex-primeira ministra, Yingluck Shinawatra, detidos depois de serem convocados para comparecerem perante a nova autoridade militar.
Yingluck, assim como responsáveis do Governo deposto e pessoas próximas da família Shinawatra, foram convocados na sexta-feira para se apresentarem num clube militar em Banguecoque, tendo sido transportados em carrinhas para várias bases e casas controladas pelo exército.
"É muito preocupante que os militares tenham prendido líderes políticos. O regime deve clarificar a base legal das prisões e para onde os levaram", indicou Bennett.
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