Museu da Misericórdia do Porto será inaugurado em Dezembro
Porto Canal / Agências
Porto, 13 mai (Lusa) -- A Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP) assinou hoje com a Autoridade de Gestão do "ON.2 -- O Novo Norte" um contrato de financiamento destinado à criação do museu da instituição que deverá ser inaugurado em dezembro.
Orçado em mais de 1,2 milhões de euros, o projeto conta uma comparticipação pelo FEDER de 872 mil euros.
"Gostaríamos de inaugurar o museu no dia 08 de dezembro. As obras vão avançar de imediato, prevendo-se que se prolonguem por quatro meses", afirmou o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, António Tavares.
Localizado em pleno centro histórico do Porto, na rua das Flores, o futuro Museu da Misericórdia vai acolher o vasto espólio artístico da SCMP, do qual se destaca "a obra maior da pintura flamenca", o quadro "Fons Vitae".
O provedor referiu que "todo o trabalho que há de ser a coleção permanente já está realizado e que, portanto, há condições para que ainda antes do final do ano se possa fazer abertura".
"Trata-se da concretização de um sonho com mais de 100 anos, porque a ideia já tinha sido lançada no final do século 19, devido ao grande acevo que a Santa Casa tem", acrescentou, salientando que o projeto inclui um restaurante.
A exposição permanente do museu acolherá também "os painéis de Diogo Teixeira, muita pintura, a maior coleção de retratos existente em Portugal, cerca de cinco centenas, e tudo o que tem a ver com a paramentaria, a arte sacra e com a ourivesaria".
"Em 515 anos de existência, a Misericórdia do Porto juntou um imenso acervo artístico, cultural e patrimonial", sublinhou.
Os serviços administrativos da SCMP que funcionavam no edifício que irá acolher o museu foram entretanto transferidos para outros imóveis da instituição.
O provedor disse ainda que está a ser estudada a possibilidade de expandir o espaço físico do museu, adquirindo o edifício contiguo, porque "grande parte da coleção da Santa Casa nem sequer vai poder ficar exposta em permanência porque não há condições físicas para todo o espolio".
Na assinatura do contrato de financiamento esteve presente o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR), Emídio Gomes, que considerou que "tornar parte deste espólio visitável pelo público é um grande motivo de orgulho para o Porto e para a região".
PM // JGJ
Lusa/fim