Ex-director do MAI vai ser interrogado por um juiz na quarta-feira
Porto Canal / Agências
Lisboa, 29 abr (lusa) - O ex-diretor geral de Infraestruturas e Equipamentos do Ministério da Administração Interna hoje detido por suspeitas de corrupção e participação económica em negócio será interrrogado na quarta-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC).
Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) indica que a investigação, dirigida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), tem como objeto "eventuais ilegalidades relacionadas com obras efetuadas em estruturas da responsabilidade do Ministério da Administração Interna", estando em causa suspeitas de corrupção e participação económica em negócio.
Segundo a PGR, o detido será apresentado quarta-feira no TCIC, com vista a ser submetido a primeiro interrogatório judicial pelo juiz Carlos Alexandre.
A PGR refere que esta investigação foi coadjuvada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ, tendo sido hoje realizadas buscas nas instalações da Direção Geral de Infraestruturas e Equipamentos, organismo que gere o património, infraestruturas e equipamentos do MAI.
Fonte ligada ao processo disse à Lusa que o ex-diretor detido é João Alberto Correia.
Este diretor demitiu-se daquele departamento do MAI em fevereiro último, alegando razões pessoais, mas a imprensa, na altura, avançou que estava a ser alvo de uma auditoria interna.
Entretanto, em nota hoje divulgada, o MAI informou que o ministro Miguel Macedo enviou para o Ministério Público factos "com eventual relevância criminal" relacionados com a auditoria realizada à Direção-Geral de Infraestruturas e Equipamentos (DGIE).
"No âmbito de uma auditoria e processo de inquérito à Direcção-Geral de Infraestruturas e Equipamentos - realizado pela Inspeção-Geral da Administração Interna - foi determinado, pelo ministro da Administração Interna, a remessa ao Ministério Público dos factos já apurados com eventual relevância criminal", adianta a nota.
O MAI refere ainda que a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) vai prosseguir a auditoria, sublinhando que o processo se encontra em segredo de Justiça.
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