Câmara de Viseu quer contexto amigo e inclusivo da economia rural

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Porto Canal / Agências

Viseu, 29 abr (Lusa) - O vereador da Câmara de Viseu João Paulo Gouveia disse hoje que um dos grandes desafios políticos do município passa por construir um contexto amigo e inclusivo da economia rural, assumindo um papel facilitador.

"O desenvolvimento rural e a agricultura não fazem parte do leque de competências municipais, mas é preciso ir além do que a lei define. Em Viseu, queremos construir um contexto amigo e inclusivo da economia rural", sustentou.

Na sua intervenção na jornada sobre empreendedorismo agrícola, que decorreu durante a manhã de hoje, em Viseu, João Paulo Gouveia sublinhou que a agricultura é um setor estratégico para a região.

"Não nos queremos substituir aos agentes locais, económicos e muito menos ao ministério da Agricultura. No entanto, temos de ir mais além e dar primazia ao apoio da criação de valor", esclareceu.

Para o também professor do Instituto Politécnico de Viseu, o município tem de "assumir um papel facilitador", quer no que toca a licenciamentos, como na disponibilização de infraestruturas.

"É necessário desenvolver uma política ativa de diplomacia económica e de internacionalização do território e dos agentes económicos", acrescentou.

O vereador do Desenvolvimento Rural frisou que a Câmara de Viseu já deu alguns passos neste sentido, ao criar o Gabinete de Apoio ao Investidor e um Conselho para a Diáspora, para além de estar a executar um trabalho de reforma da fiscalidade municipal associada às atividades económicas.

"O município de Viseu entende também que pode ser um agente facilitador do investimento empresarial. Uma das nossas missões é a de ajudar as empresas a captarem financiamento, nomeadamente comunitário", apontou.

No próximo Quadro de Referência Estratégico Nacional, "o objetivo passa por duplicar o atual volume de apoios de que beneficiaram as empresas".

João Paulo Gouveia sinalizou ainda os dois grandes desafios da região de Viseu, em setores que considera fundamentais: o vinho e a floresta.

"Como primeiro desafio, a região tem de desenvolver uma estratégia concertada de promoção, marketing e internacionalização. Há que introduzir maior eficiência coletiva, trabalhar em rede e a Comunidade Intermunicipal Dão-Lafões e a Cooperativa Vitivinícola Regional do Dão deverão aqui desempenhar um papel relevante", referiu.

Já o segundo desafio, passa pela aposta na qualificação e inovação da produção e da oferta enoturística.

"Urge apostar mais na organização de produtores, na concentração da oferta, nos canais de distribuição e na marca do Dão. Viseu está empenhado em concretizar essa visão, assumindo uma aposta clara no potencial agrorrural do concelho e de toda a região", concluiu.

CMM // SSS

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