Autarca de Valongo diz que Governo age de forma "autista" nas repartições de finanças

| Norte
Porto Canal / Agências

Valongo, 22 abr (Lusa) - O presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, considerou hoje que o Governo PSD/CDS-PP está a agir de forma "autista" no que se refere a encerramentos de repartições de finanças e garante não ter recebido "qualquer decisão oficial".

"Esta decisão vai prejudicar muito a população de Valongo. Mexer com uma repartição de finanças é um ato que lança muita confusão junto das empresas e famílias. Isto não pode ser feito assim. Este Governo age de forma autista. Tem de haver respeito pelas populações e pelos representantes das populações", acusou o autarca socialista.

José Manuel Ribeiro falava à Lusa em reação à notícia de que o Governo se comprometeu a encerrar metade das repartições de finanças do país até ao final de maio, devendo a lista das unidades a fechar ter sido concluída até ao final do primeiro trimestre.

De acordo com o memorando de políticas económicas e financeiras que acompanha o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a 11.ª avaliação ao Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), o Executivo escreve que pretende "estabelecer até ao final de 2014 um departamento dedicado aos serviços do contribuinte", para "unificar a maioria dos serviços" e "melhorar a relação [dos contribuintes] com a administração" fiscal.

No concelho de Valongo, que conta com dois balcões de finanças, pode estar em causa a repartição localizada em Ermesinde, mas a Câmara diz ainda não ter sido "informada formalmente" apesar de ter "encetado vários contactos".

"Valongo já pediu há meses ao Governo para ser recebido pelo senhor secretário de Estado das Finanças para discutir este assunto. Mas o diálogo é zero. Este Governo não ouve, não debate com ninguém e decide. Mas Valongo vai lutar sempre contra o fecho de serviços públicos", disse o José Manuel Ribeiro.

O autarca comparou os casos das repartições de finanças a outros processos e reestruturações de serviços públicos, como a junção do Agrupamento de Saúde de Valongo com o da Maia ou a atual estrutura do tribunal.

"Fizeram um mega agrupamento e não deram nenhuma explicação à Câmara Municipal. O tribunal custa 64 mil euros durante 13 anos ao Governo mas estão a esvaziá-lo. Se não explicam nada aos representantes das populações, venham cá explicar às pessoas porque é que toma estas decisões", concluiu o presidente da autarquia.

PYT (ND) // MSP

Lusa/fim

+ notícias: Norte

Gaia. Homem detido por agredir outro com arma branca no Jardim do Morro 

Um homem foi detido por agredir outro violentamente com uma arma branca, no Jardim do Morro, em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, anunciou esta sexta-feira a Polícia Judiciária (PJ).

Agrediu polícia e foi detido em Espinho

A PSP deteve um homem, de 44 anos, em Espinho, no distrito de Aveiro, por ameaças e agressão contra polícia, informou esta sexta-feira aquela força policial.

Queda de neve leva a IPMA a colocar distritos do Norte sob aviso amarelo

Os distritos de Bragança, Viseu, Vila Real, Braga, Porto, Viana do Castelo, Guarda e Castelo Branco vão estar sob aviso amarelo até à manhã de sábado por previsões de queda de neve, adiantou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).