Reflorestação com 50 mil árvores poderá render 1,5 milhões de euros em Valença
Porto Canal / Agências
Valença, 15 abr (Lusa) - A Câmara de Valença plantou nos últimos quatro anos mais de 50 mil árvores, ação que, anunciou hoje fonte municipal, se estima vir a representar um retorno financeiro futuro superior a 1,5 milhões de euros.
Estas ações inserem-se na política municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios e envolvem ainda limpeza de áreas florestais, beneficiação de caminhos, reflorestações e campanhas de sensibilização.
Nos últimos meses a autarquia procedeu à limpeza de 80 hectares de mato, em terrenos baldios, tendo criado faixas de proteção às explorações florestais e áreas residenciais.
Além disso, através dos serviços dos Sapadores Florestais, foram realizadas ações de reflorestação com a plantação de 18.050 árvores folhosas e resinosas, nomeadamente espécies autóctones como o medronheiro, o castanheiro, o pinheiro manso e bravo, o carvalho alvarinho, a azinheira, o freixo e o amieiro.
"Em quatro anos já foram plantadas mais de 50 mil árvores, 50% produzidos pelos serviços municipais. Em termos económicos, numa perspetiva de 30 anos, estas plantações podem trazer proveitos no valor de 1 milhão e 500 mil euros", disse ainda fonte do executivo municipal, liderado pelo social-democrata Jorge Mendes.
Ainda de acordo com a Câmara de Valença, as intervenções foram "planeadas rigorosamente", em termos das espécies selecionadas com das capacidades de resistência aos fogos florestais.
Estas ações, acrescentou a fonte, visam "valorizar" a floresta de Valença enquanto "recurso ambiental e económico" do concelho.
Nos últimos seis meses foram igualmente realizados trabalhos de manutenção e beneficiação da rede viária florestal do concelho, ao longo de cerca de 20 quilómetros, e em pontos de água.
A autarquia prevê ainda criar mais dois pontos de água de apoio aos meios aéreos e terrestres, sublinhando que os bombeiros veem estas ações, desenvolvidas pelos Sapadores Florestais em parceria com as juntas de freguesia e as comissões de baldios, como "importantes" para "atenuar os efeitos dos incêndios florestais".
PVJ // JGJ
Lusa/fim