Covid-19: Cabo Verde vai aumentar pontos de teste para viagens domésticas - PM

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Porto Canal com Lusa

Praia, 15 jul 2020 (Lusa) - O primeiro-ministro de Cabo Verde admitiu hoje que se registam constrangimentos no acesso aos testes rápidos à covid-19, obrigatórios para viagens domésticas a partir da Praia e do Sal, mas garantiu que vão aumentar os pontos de acesso a esses testes.

"Estamos a diversificar, a criar melhores condições de as pessoas acederem aos testes, não só as delegacias de saúde, mas também os centros de saúde vão poder fazer, laboratórios privados", afirmou Ulisses Correia e Silva, questionado pelos jornalistas à margem de um evento oficial na cidade da Praia.

Em causa está a retoma dos voos domésticos, iniciados hoje após três meses e meio de suspensão para travar a progressão da pandemia de covid-19 no arquipélago, mas cujos passageiros que partem da Praia (Santiago) e do Sal, os dois principiais focos da doença, estão obrigados a apresentar um teste negativo feito com uma antecedência mínima de 72 horas antes do embarque.

Só hoje, o primeiro dia da retoma de voos, a Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV, ex-Binter CV) previa transportar 282 passageiros, em seis ligações (de ida e volta), da Praia para as ilhas do Sal, São Nicolau e São Vicente.

A situação está a levar dezenas de pessoas a delegações de saúde, para realização dos testes obrigatórios para poderem viajar.

"É evidente que o começo provoca sempre esses efeitos, de muita gente a procurar satisfazer a necessidade de imediato", admitiu o primeiro-ministro, à margem de uma cerimónia de assinatura de contratos com 57 estagiários para colaboradores da Correios de Cabo Verde.

Contudo, Ulisses Correia e Silva garante que "com mais pontos de atendimento" a situação "vai normalizar".

Cabo Verde prevê realizar mensalmente cerca de 22.000 testes rápidos à covid-19 para responder à obrigatoriedade de os passageiros que queiram sair das ilhas de Santiago e do Sal apresentarem um teste negativo para a doença.

A explicação foi avançada na sexta-feira pelo ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, referindo que o custo do teste rápido e da respeitava declaração a emitir pela autoridade de saúde será de 1.000 escudos (nove euros), a suportar pelos passageiros das ligações aéreas e marítimas.

"Essa medida implica a realização, no mínimo, de 22.000 testes mensais para os passageiros que vão sair de Santiago e do Sal. É um número bastante considerável", afirmou o ministro, acrescentando que nesta altura Cabo Verde tem 'stock' para, com as necessidades atuais, três meses de testes rápidos.

O governante explicou que o objetivo da medida, associada ao controlo de temperaturas nos portos e aeroportos, bem como à obrigatoriedade de uso generalizado de máscara, é "diminuir o risco" de propagação da covid-19 de Santiago e do Sal, principiais focos da doença, para as outras ilhas, mas afastando para já a possibilidade de alargar a obrigatoriedade desses testes rápidos aos passageiros que embarquem noutras ilhas, devido a "questões operacionais".

Os passageiros que testarem positivo são submetidos ao teste de diagnóstico PCR, no valor de 11.000 escudos (100 euros), mas que passa a ser suportado pelo Estado, "entrando na investigação epidemiológica", esclareceu Arlindo do Rosário.

Cabo Verde registava no final do dia 14 de julho um acumulado de 1.779 casos de covid-19, com 19 óbitos, mas 850 já foram dados como recuperados.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 578 mil mortos e infetou mais de 13,34 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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