Covid-19: Governo venezuelano prolonga quarentena por mais 30 dias

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Porto Canal com Lusa

Caracas, 11 jul 2020 (Lusa) -- A Venezuela prolongou sexta-feira, até 13 de agosto, o estado de exceção em vigor desde março, o que permite ao executivo decretar "decisões drásticas" para combater a pandemia da covid-19 no país com 8.803 casos confirmados.

"O Presidente Nicolás Maduro pediu para prolongar por mais um mês o estado de alarme constitucional, para continuar a combater a pandemia no nosso país, para atender um surto que está afetando a Venezuela", anunciou a vice-presidente da Venezuela.

Num contacto telefónico com a televisão estatal venezuelana, Delcy Rodríguez, sublinhou a importância de toda a população "esforçar-se para romper as cadeias de transmissão" do coronavírus.

Sexta-feira, o vice-presidente de Economia e Petróleo da Venezuela, Tareck El Aissami, anunciou, através do Twitter que estava em confinamento depois de ter testado positivo para o novo coronavírus.

"Hoje iniciei o isolamento, com todos os protocolos médicos, de pois de testar positivo para a covid-19. Uma nova batalha que assumo aferrado a Deus e à vida", explicou.

Por outro lado, o governador do Estado venezuelano de Sucre (nordeste do país) anunciou que o presidente da Câmara Municipal de Cruz Salmerón, Yonny Acosta, testou positivo.

Na quinta-feira, o Presidente Nicolás Maduro anunciou que o presidente da Assembleia Constituinte da Venezuela (ACV, composta unicamente por simpatizantes do regime), Diosdado Cabello, iniciou tratamento médico após ter testado positivo para a covid-19.

O Presidente venezuelano falava durante uma alocução ao país, transmitida pela televisão estatal, na qual manifestou "toda a solidariedade" com Diosdado Cabello, que é tido como o segundo homem mais forte do chavismo.

"Estamos contigo, Diosdado. Toda a solidariedade do povo da Venezuela. Tenho a certeza de que com a tua fortaleza moral e o nosso José Gregório Hernández [1864-1919, médico católico venezuelano em processo de beatificação]" estes dias serão ultrapassados, disse Nicolás Maduro.

Por outro lado, o governador do Estado venezuelano de Zúlia, Omar Prieta, está também a receber tratamento para combater o coronavírus.

Na Venezuela estão oficialmente confirmados 8.803 casos de pessoas infetadas e 83 mortes associadas ao novo coronavírus. Estão ainda dados como recuperados 2.671 pacientes.

Entre as vítimas mortais está Vidal Atencio, popularmente conhecido como "o padre Vidal", que em 2014 se afastou da Igreja Católica para dedicar-se à política e era secretário dos Assuntos Agropecuários da Governação de Zúlia.

A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar "decisões drásticas" para combater a pandemia.

Nas últimas duas semanas o Governo venezuelano reforçou as restrições em todo o país, devido ao aumento de casos confirmados.

Os voos nacionais e internacionais estão restringidos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 556 mil mortos e infetou mais de 12,36 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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