Fitch eleva perspectiva de Portugal para "positiva"

Fitch eleva perspectiva de Portugal para "positiva"
| Economia
Porto Canal

A agência de notação financeira Fitch anunciou hoje que atualizou a perspetiva de Portugal de “negativa” para "positiva", mantendo o rating de crédito do país em ‘BB+’.

A Fitch justifica a medida como base nos esforços orçamentais acordados por Lisboa e na recuperação geral da economia.

Apesar de classificar o risco de pagamento da dívida de Portugal como "BB+", ou seja, no primeiro nível em que deixa de aconselhar investimento, a Fitch admite rever a nota para um nível positivo “em breve”.

De acordo com os argumentos apresentados hoje pela agência de notação, Portugal está a fazer progressos na redução do défice, sendo que o desempenho orçamental do país em 2013 “ultrapassou as expetativas” da Fitch e “superou os objetivos do programa de ajuda externa delineado pelo FMI e pela Comissão Europeia”.

Esta tendência deverá manter-se em 2014, defende a Fitch, referindo que isso facilita muito a chegada à meta do défice determinada para este ano: 4% do PIB.

Apesar da melhoria das condições financeiras, a Fitch acredita que “manter um programa cautelar depois da saída da ‘troika’ seria benéfico”, mas “não espera que isso aconteça” e garante que não faz dessa condição um fator-chave para melhorar a classificação do risco de dívida.

O rating de BB+, acrescenta, “reflete também os riscos de pagamento da dívida colocados pelo ajustamento económico e financeiro de Portugal no contexto da Zona Euro”.

No entanto, alerta a agência de notação, “embora tenham melhorado no médio prazo, as perspetivas de Portugal mantêm-se fracas, já que todos os setores da economia continuam endividados e o desemprego é alto”.

Os riscos que podem advir de uma instabilidade política também diminuíram, depois da remodelação do Governo em julho de 2013, mas a Fitch considera que continuam a ser significativos no cenário pós-programa de ajuda externa.

“O compromisso dos partidos para a consolidação orçamental parece ter diminuído e isso é um risco para a classificação. Mesmo que Portugal peça para ter um programa cautelar, continuarão a ser necessárias medidas de ajustamento orçamental”, conclui.

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