Investimento em espaços privativos minimiza perdas em projeto turístico em Amarante

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Porto Canal com Lusa

Amarante, Porto, 20 jun 2020 (Lusa) - Um investimento de dois milhões de euros na aposta de conceitos 'premium', com espaços de uso privativo, concluído em 2019, permitiu a uma unidade hoteleira, em Amarante, minimizar as perdas provocadas pela covid-19, depois de um encerramento forçado.

"Se as suites já faziam sentido para nós em 2017, acrescentar um produto mais 'premium', infelizmente devido aos tempos que vivemos hoje, fazem ainda mais sentido porque as pessoas procuram efetivamente um espaço onde possam estar salvaguardadas, protegidas", explicou Miguel Ribeiro, diretor-geral do Monverde - Wine Experience Hotel, em Amarante, que se viu forçado a adiar a comunicação ao mercado deste novo segmento, prevista para março, por conta da pandemia de covid-19.

O projeto, que começou a ser pensado em 2017, ano em que a unidade hoteleira registou um crescimento sustentado da procura, sobretudo no mercado internacional, permitiu complementar a oferta existente, de 30 unidades de alojamento, já então "manifestamente insuficientes" para fazer face à procura.

Concluída em setembro de 2019, esta ampliação implicou um investimento na ordem dos dois milhões de euros que se traduziram "em dez suites com piscina e seis novos quartos premium", na casa antiga onde existia já a adega experimental.

"O projeto decorreu sensivelmente durante um ano e meio. Terminámos esta ampliação em setembro do ano passado e não fizemos propriamente uma apresentação ao mercado porque já estávamos no fim do verão. Um dos elementos diferenciadores eram as piscinas e fazia sentido que as pessoas pudessem tirar partido delas, pelo que o inverno, não seria propriamente o momento certo. Iríamos fazê-lo em março, mas infelizmente, contrariamente àquilo que era a nossa intenção, acabámos por encerrar temporariamente e fazemo-lo agora, com esta reabertura, no início do mês de junho", explicou Miguel Ribeiro.

O diretor-geral do Monverde salienta que estas suites, com 150 metros quadrados entre área interior, jardim e piscina, permitem experiências diferenciadas, mantendo a personalização e exclusividade da oferta, garantindo em simultâneo a segurança que hoje, devido à pandemia de covid-19, as pessoas procuram.

"A procura tem disso agradavelmente interessante porque se achávamos, que produto fazia sentido, acima de tudo no mercado internacional, onde a procura tinha crescido muito nos últimos anos, hoje está muito voltada para o mercado nacional. Inicialmente, o nosso receio era que o produto pudesse estar num posicionamento de preço que eventualmente não fosse acessível à maioria dos portugueses, mas o que sentimos é que primeiro as suites esgotam e só depois os outros quartos", revelou.

Com janelas com vista para os 30 hectares de vinha da propriedade e uma enoteca privativa, os hóspedes podem usufruir de um conjunto de serviços nas suites, desde as refeições aos tratamentos de SPA.

"Com toda esta contrariedade mundial no turismo faz mais sentido do que nunca a opção que tomámos há dois anos", afirmou, dizendo acreditar que este produto pode ajudar a minimizar as perdas decorrentes de três meses de confinamento, permitindo no final do ano equilibrar as contas.

O investimento, que faz subir para dez milhões a aposta da Quinta da Lixa no turismo, em Amarante, atinge as 46 unidades de alojamento, "o limite máximo", explicou Miguel Ribeiro, no que respeita à oferta de quartos naquela exploração.

O responsável adiantou, contudo, que o futuro do Monverde, inaugurado em 2015, passa pelo reforço dos serviços, estando já pensada a instalação de uma piscina biológica.

"Temos ambição e já existiam alguns esboços de projeto para acrescentarmos alguns serviços novos dentro da propriedade, uma delas é uma piscina biológica, bem no meio da vinha do arinto. Acrescentar alguns serviços novos dentro do enoturismo, a adicionar à adega experimental e ao túnel sensorial. Mas essencial o investimento será feito acrescentando serviços e experiências aos clientes, mas neste limite máximo de quartos", revelou.

Miguel Ribeiro reconhece que os tempos que se seguem "são desafiantes", mas mostrou-se confiante de que projetos como o de Monverde, pouco procurados pelo mercado nacional, possam vir, por conta desta pandemia, a fidelizar este mercado.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 456 mil mortos e infetou mais de 8,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 1.527 pessoas das 38.464 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

VSYM // MSP

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