Sociedades de Elevado Crescimento são mais exportadoras, mas número desce em 2009/2012

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 07 abr (Lusa) - O número de Sociedades de Elevado Crescimento (SEC) caiu entre 2009 e 2012, em linha com o abrandamento da atividade económica, mas foram mais exportadoras e investiram mais em investigação e desenvolvimento, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

Nos dados do empreedendorismo hoje dilvugados, o INE define que as SEC são sociedades, com pelo menos 10 pessoas ao serviço remuneradas, que apresentam um crescimento médio anual superior a 20%, ao longo de três anos, podendo o crescimento ser medido em termos do número de pessoas ao serviço remuneradas ou do volume de negócios.

O instituto classifica ainda como 'Gazelas' as sociedades jovens de elevado crescimento, sendo um subconjunto das SEC, compreendendo as sociedades até aos cinco anos de idade.

Segundo o gabinete de estatrísticas português, o número das SEC "decresceu significativamente entre 2009 e 2012", explicando que há um aumento quando o critério utilizado é o do crescimento do volume de negócios, ao contrário do que se verifica quando o critério é o do crescimento do número de pessoas ao serviço remuneradas.

Em 2012, as Sociedades de Elevado Crescimento representavam "uma pequena parcela do total das sociedades com 10 ou mais pessoas ao serviço remuneradas (2,5%) tendo, no entanto, sido responsáveis por 5,5% do seu pessoal ao serviço e 4,3% do Valor Acrescentado Bruto a preços de mercado (VABpm) por elas gerado.

O INE diz ainda que quer as SEC quer as Gazelas reduziram o contributo para os principais indicadores económicos, como volume de negócios e VABpm, entre 2009 e 2012.

No mesmo ano, mais de metade das SEC concentravam-se em três setores de atividade, sendo que 54,4% pertenciam aos setores das Indústrias Transformadoras (21,7%), do Comércio (19,6%) e da Construção (13,2%).

De acordo com o INE, embora a maior parte das Sociedades de Elevado Crescimento tivesse a sua sede na região Norte (38,3%), a região de Lisboa foi aquela onde estas sociedades mais contribuíram para o VABpm total com 51,9%.

A proporção de filiais de empresas estrangeiras foi superior nas SEC (8,2%) e nas Gazelas (7%) face à verificada para as sociedades com 10 ou mais pessoas ao serviço remuneradas (5,3%).

Os países de origem com maior peso no controlo do capital das Sociedades de Elevado Crescimento foram a França e a Espanha, revela ainda o INE.

As Sociedades de Elevado Crescimento apresentaram ainda um nível de investimento em Investigação e Desenvolvimento (I&D) "bastante superior ao do total das sociedades", tendo gasto mais de 25 mil euros por sociedade em 2012. Já o subconjunto das 'Gazelas' apresentava um investimento médio em I&D bastante mais reduzido.

O número de Sociedades Jovens de Elevado Crescimento (Gazelas) registou, igualmente, um decréscimo, contudo, é de salientar que a sua proporção no total das sociedades de elevado crescimento aumentou, atingindo os 19,5% em 2012, mais 2,3 pontos percentuais que no ano anterior.

Mais de 30% das Sociedades de Elevado Crescimento e das 'Gazelas' exportaram bens e serviços em 2012, bastante acima dos 5,5% do total das sociedades e dos 19,3% das sociedades com 10 ou mais pessoas ao serviço remuneradas.

JMG // MSF

Lusa/fim

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