EUA ponderam libertar espião israelita para 'salvar' conversações de paz
Porto Canal / Agências
Washington, 01 abr (Lusa) - Os EUA estão a ponderar libertar Jonathan Pollard, a cumprir uma pena de prisão perpétua por espiar para Israel, a fim de salvar as conversações de paz entre israelitas e palestinianos, noticiou, esta segunda-feira, a imprensa norte-americana.
De acordo com fontes oficiais não identificadas citadas quer pelo The Washington Post e pelo The New York Times, dois dos mais reputados jornais do país, a decisão ainda não está, porém, tomada.
Na semana passada, a rádio pública israelita também focou essa possibilidade, citando fontes diplomáticas norte-americanas também não identificadas, vista como uma forma de convencer o Governo de Benjamin Netanyahu a libertar prisioneiros palestinianos.
O chefe da diplomacia norte-americana, John Kerry, fez precisamente esta segunda-feira uma viagem inesperada de Paris a Israel, numa última tentativa para impulsionar um acordo de paz, cuja mediação tem liderado nos últimos meses.
Segundo as fontes citadas pela imprensa norte-americana, a eventual libertação de Jonathan Pollard aconteceria em troca da aceitação israelita do acordo-quadro que John Kerry tem impulsionado, com as grandes linhas de uma resolução definitiva sobre as questões mais sensíveis, e da libertação de prisioneiros palestinianos.
Jonathan Pollard foi preso e condenado a prisão perpétua em Washington em 1985, por passar milhares de documentos secretos com informações sobre as atividades de espionagem dos norte-americanos no mundo árabe, enquanto especialista na marinha norte-americana.
As conversações entre israelitas e palestinianos iniciaram-se no final de julho e deverão ser concluídas no próximo dia 29, de acordo com o prazo fixado pelas partes.
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