Covid-19: Ativistas pedem libertação de migrantes detidos nos Estados Unidos

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Porto Canal com Lusa

Washington, 17 mar 2020 (Lusa) -- Defensores dos direitos humanos apresentaram, na segunda-feira, uma queixa contra as autoridades dos Estados Unidos exigindo a libertação dos migrantes colocados em centros de detenção, para os proteger da propagação do novo coronavírus (Covid-19).

A queixa foi apresentada pelas organizações American Civil Liberties Union e Northwest Immigrant Rights Project num tribunal do estado Washington, bastante afetado pela epidemia de Covid-19.

Dirigida à ICE, agência norte-americana de controlo de fronteiras, a queixa exige a libertação dos migrantes detidos no campo de Tacoma, perto de Seattle, que correm, pela sua idade e estado de saúde, "um risco elevado de ficarem gravemente doentes e de morrerem, em caso de contaminação" com o novo vírus.

"Não libertar as pessoas vulneráveis à doença põe em perigo a vida de todas as pessoas no centro de detenção, nomeadamente dos guardas, mas também a comunidade como um todo", vincou a advogada Eunice Cho, da ACLU, em comunicado citado pela agência francesa AFP.

Esta queixa surge num contexto em que se propagam, nos Estados Unidos, os apelos à libertação de pessoas não violentas detidas por infrações às leis da imigração ou por delitos menores.

Com mais de 2,3 milhões de reclusos, as organizações de direitos humanos estão preocupadas com o impacto do novo coronavírus nas prisões americanas, a que apontam falhas de higiene e segurança.

O serviço federal prisional garantiu que ainda não há registo de nenhum caso nas cadeias americanas, mas não há dados sobre o que se passa nos estabelecimentos locais e estaduais. As autoridades já limitaram ou proibiram a maior parte das visitas às prisões, mas ainda não há medidas de liberdade antecipada.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 já infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com quase 60 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.

Itália, Espanha e França são os países mais afetados na Europa. Em Portugal, onde se registou hoje a primeira morte por Covid-19, há 331 pessoas infetadas, 18 das quais nos cuidados intensivos.

 

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