Covid-19: Barril de petróleo Brent recupera 7% depois de 'segunda-feira negra'

| Economia
Porto Canal com Lusa

Londres, 10 mar 2020 (Lusa) - O preço do barril de petróleo Brent, de referência na Europa, estava hoje a recuperar 7%, depois de na "segunda-feira negra" ter caído 25% devido à guerra de preços iniciada pela Arábia Saudita.

O barril de petróleo Brent para entrega em maio de 2020 abriu hoje em alta, a cotar-se a 36,85 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, mais 7% que no final da sessão de segunda-feira, mas cerca das 8:45 em Lisboa voltou a recuar ligeiramente para 36,51 dólares.

O Brent terminou a cotar-se a 34,36 dólares na segunda-feira, quando registou a maior queda diária desde a Guerra do Golfo em 1991, devido principalmente à decisão da Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, de baixar o preço das suas exportações, mas também devido à crescente inquietação dos mercados em relação à epidemia do Covid-20.

Mas a queda do petróleo ocorreu depois da aliança entre a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a Rússia e outros nove produtores ter fracassado na passada sexta-feira em Viena, pela primeira vez desde que se tinha constituído em 2016, ao não chegar a um acordo sobre um novo corte da oferta conjunta de petróleo.

Um dia antes, a OPEP tinha acordado por unanimidade a iniciativa da Arábia Saudita de retirar do mercado 1,5 milhões de barris por dia para travar a queda da procura provocada pelo novo coronavírus.

Os analistas estimam que a guerra de preços possa levar ao afundamento do "ouro negro", para cerca de 20 dólares por barril, a menos que os sauditas e os russos voltem a negociar.

Nas últimas semanas, o "ouro negro" tinha vindo a cair devido à epidemia do Covid-19, que tem tido um impacto negativo nos mercados de valores em todo o mundo e nas ações das companhias aéreas.

MC // MSF

Lusa/Fim

+ notícias: Economia

Boas ou más notícias para o crédito à habitação? Taxas Euribor com novas atualizações

A taxa Euribor desceu esta quinta-feira a três e a seis meses e subiu a 12 meses face a quarta-feira.

Bruxelas elogia cortes "permanentes de despesa" anunciados pelo Governo

A Comissão Europeia saudou hoje o facto de as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro se basearem em "reduções permanentes de despesa" e destacou a importância de existir um "forte compromisso" do Governo na concretização do programa de ajustamento.

Bruxelas promete trabalhar "intensamente" para conluir 7.ª avaliação

Bruxelas, 06 mai (Lusa) -- A Comissão Europeia está empenhada em trabalhar "intensamente" para terminar a sétima avaliação à aplicação do programa de resgate português antes das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana, mas não se compromete com uma data.