Bolsas sauditas e de vários países do Golfo afundam após fracasso da reunião da OPEP

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Porto Canal com Lusa

Redação, 08 mar 2020 (Lusa) -- As bolsas da Arábia Saudita e de outros países do Golfo abriram hoje nos níveis mais baixos em vários anos, depois da falta de acordo entre a OPEP e a Rússia sobre cortes na produção de petróleo.

Já a sofrer os efeitos da epidemia pelo novo coronavírus, Covid-19, a bolsa de valores da Arábia Saudita caiu 7,7%, a do Dubai desceu 8,5%, bem como o mercado do Kuwait e de Abu Dhabi, que registaram quedas de mais de 7%.

Também as bolsas do Catar, Bahrain e Omã abriram hoje a registar quedas de 3,5%, 3% e 1,1%, respetivamente.

A participação da Saudi Aramco, "gigante" do petróleo, caiu pela primeira vez abaixo do preço da Oferta Pública Inicial (OPI), que era de 32 riais sauditas (8,5 dólares), atingindo 31,15 riais.

Na sexta-feira, em Viena, Áustria, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia não chegaram a acordo quanto a mais cortes na produção de petróleo, para responder à queda no consumo global daquele combustível fóssil.

A Rússia, um dos principais aliados da OPEP, opôs-se a um corte de produção destinado a conter a queda nos preços do petróleo, afetados pela epidemia do novo coronavírus.

Desde o início do ano, os preços do petróleo já caíram mais de 30%, devido à desaceleração económica causada pela expansão do Covid-19.

Na sexta-feira, o fracasso da reunião em Viena fez afundar o preço do barril de Petróleo WTI (Petróleo Intermediário do Texas), na bolsa de Nova Iorque, em mais de 10%, para 41,28 dólares, e o barril de Brent em Londres, em mais de 9%, para 45,27, ambos caindo para níveis que já não se registava há quase quatro anos.

Esta queda também ocorre em plena crise política na Arábia Saudita, onde, na sexta-feira, as autoridades prenderam três príncipes, acusados de conspiração para derrubar o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.

MPE // EA

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