Cardeal australiano reconhece que deveria ter estado mais atento aos casos de pedofilia
Porto Canal / Agências
Sydney, Australia, 24 mar (Lusa) -- O cardeal australiano George Pell, nomeado 'ministro' da economia do Vaticano, admitiu hoje que devia ter vigiado mais os casos de pedofilia envolvendo membros da sua igreja como o do padre Aidan Dugan, revelou a imprensa local.
"Dei conta que devia ter exercido uma supervisão mais regular e rigorosa através dos meus chanceleres", disse George Pell numa declaração escrita perante a comissão governamental que investiga as respostas das instituições religiosas, sociais e estatais às denuncias de abusos sexuais de menores.
Nas últimas semanas vários representantes das Igreja Católica foram chamados a testemunhar no caso de John Ellis, que foi violado pelo sacerdote Aidan Duggan na década de 1970, acrescenta a cadeia ABC.
John Ellis manifestou-se envergonhado porque acreditava serem aqueles atos errados, e recordou que o padre lhe ofereceu um livro sobre relações homossexuais o que o fez acreditar ser homossexual ou bissexual.
A criação da comissão foi anunciada em novembro de 2012 depois da polícia de Nova Gales do Sul acusar a Igreja Católica de ocultar casos de pedofilia envolvendo os seus membros e e de ter silenciado as investigações e destruído provas cruciais para evitar processos judiciais.
Com seis membros, a comissão começou a ouvir pessoas ainda em 2013 e deverá emitir um relatório em junho, antes de concluir o seu trabalho no final do ano.
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