Covid-19: Governo de Macau estima défice em cerca de 4,5 mil milhões de euros

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Porto Canal com Lusa

Macau, China, 05 mar 2020 (Lusa) -- O Governo de Macau estimou hoje que o défice deste ano ronde os 40 mil milhões de patacas (cerca de 4,5 mil milhões de euros), devido ao impacto na economia do território do surto do novo coronavírus.

"O défice este ano será de 40 mil milhões de patacas" (cerca de 4,5 mil milhões de euros), disse o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

"Na atual situação temos lançado várias medidas de apoio para os residentes e para as empresas locais, medidas que só são possíveis por existir uma reserva financeira de 579 mil milhões de patacas [cerca de 65 mil milhões de euros]", sublinhou.

No âmbito das medidas de prevenção do surto de Covid-19, definidas pelo Governo de Macau, as pessoas foram aconselhadas a ficar em casa, os serviços públicos estiveram encerrados, com exceções nomeadamente para a Segurança e Saúde, e as escolas fechadas, bem com estabelecimentos de diversão noturna, e espaços desportivos e culturais.

Além disso, também os casinos, motor da economia local, estiveram fechados por duas semanas, o que resultou em perdas históricas nas receitas do jogo em fevereiro, menos 87,8% em relação a igual período de 2019.

Em janeiro, as receitas do jogo tinham caído 11,3% face ao mesmo período do ano passado na capital mundial do jogo.

Se em fevereiro de 2019, as operadoras que exploram o jogo no território tinham arrecadado 25,37 mil milhões de patacas (2,87 mil milhões de euros), agora a receita bruta mensal ficou-se pelos 3,1 mil milhões de patacas (350 milhões de euros).

"Esse dinheiro [reserva financeira] é nosso, da casa, portanto temos de gastar bem esse dinheiro. Futuramente, ainda temos muito para gastar para suportar a economia com diferentes medidas", considerou Lei Wai Nong, que afastou a possibilidade de atribuir mais uma contribuição pecuniária aos residentes.

"Não temos plano para atribuir mais um cheque pecuniário, mas através do nosso regime de cobrança de impostos tentamos minimizar o impacto para residentes e empresas", afirmou.

No mês passado, o Governo de Macau anunciou benefícios fiscais para empresas e população, uma linha de empréstimos bonificados para as pequenas e médias empresas e medidas de apoio social para reduzir o impacto económico do surto de Covid-19.

Na altura, Lei Wai Nong explicou que as medidas excecionais passam pela isenção ou redução dos impostos, pela abertura de uma linha de empréstimo com juros bonificados, pelo reforço do apoio social, no desenvolvimento das competências profissionais dos trabalhadores, bem como pelo lançamento de vales de consumo eletrónico.

Ha 30 dias sem casos novos da doença, Macau registou dez infetados, sendo que apenas um paciente continua internado.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.300 mortos e infetou mais de 95 mil pessoas em 79 países, incluindo oito em Portugal.

Das pessoas infetadas, mais de 50 mil recuperaram.

Além de 3.012 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça e Espanha.

EJ (JMC) // JH

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