Câmara de Coimbra tomou hoje posse administrativa do centro de convenções
Porto Canal / Agências
Coimbra, 21 mar (Lusa) - A Câmara Municipal de Coimbra tomou hoje posse administrativa do centro de convenções e espaço cultural do Convento de São Francisco, por volta das 09:00, depois de a decisão ter sido aprovada em reunião do executivo, na segunda-feira.
Celso Marques, comandante da Polícia Municipal de Coimbra, foi o representante da Câmara de Coimbra na tomada de posse administrativa, em que estiveram representantes da empresa responsável pelo empreendimento (MRG, Engenharia e Construção, SA), afirmando que, a partir do dia de hoje, será inventariada toda a obra por parte dos serviços técnicos da autarquia.
Durante a tomada de posse, foram também dadas a conhecer as subempreitadas da obra, estando agora a Câmara de Coimbra a decidir o futuro daquelas.
O presidente da Câmara, Manuel Machado, anunciou no dia 28 de fevereiro que o município se preparava para proceder à posse administrativa da obra, embora esperasse que o confito com a construtora se resolvesse "a bem".
Manuel Machado falava aos jornalistas, depois de, naquele dia, com o arquiteto responsável pelo projeto, Carrilho da Graça, a equipa projetista, responsáveis pela fiscalização da obra, e autarcas das forças políticas representadas no executivo e assembleia municipal, ter visitado o Convento de São Francisco e os trabalhos para a sua reabilitação e construção do centro de convenções da cidade.
Quatro dias antes, a Câmara tinha decidido, por unanimidade, notificar a MRG, manifestando a sua intenção de resolver o contrato de execução da obra.
Esta posição surgiu depois de, uma semana antes, a construtora ter movido uma ação contra o município, reclamando a resolução do contrato da obra e uma indemnização de cerca de oito milhões de euros.
Na ação, a construtora argumenta, designadamente, com a falta da revisão dos projetos e com atrasos, cuja responsabilidade imputa aos serviços da autarquia.
Manuel Machado explicou a tomada de posição da Câmara, entre outros motivos, com o "incumprimento reiterado das ordens do dono da obra" por parte da MRG, em relação a diversas "anomalias" apontadas na sequência de várias ações de fiscalização e com os "graves prejuízos" provocados pela suspensão dos trabalhos, assumida pela empresa, em 21 de novembro de 2013.
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