Mondim de Basto, 17 mar (Lusa) -- O presidente da Câmara de Mondim de Basto, Humberto Cerqueira, queixou-se hoje da falta de médicos no centro de saúde local, onde atualmente estão ao serviço apenas dois clínicos para uma população de 8.000 habitantes.

Para colmatar o problema da falta de meios humanos, o autarca reivindica a substituição temporária de dois outros médicos, que estão de baixa há algumas semanas.

"Dois médicos para uma população de 8.000 habitantes é manifestamente insuficiente", afirmou Humberto Cerqueira à agência Lusa.

De acordo com o autarca, nas últimas semanas têm-se verificado casos de utentes que têm de esperar várias horas por uma consulta e outros que nem sequer conseguem consulta.

"Esta é uma situação que nos preocupa muito, até porque na maioria são pessoas idosas, com poucos recursos e que não têm possibilidades de acederem a consulta em outro local", sublinhou.

Humberto Cerqueira lembrou ainda o horário de funcionamento reduzido do centro de saúde, das 09:00 às 18:00 durante os dias úteis, o que limita também o número de consultas.

Para reivindicar o reforço de médicos no concelho, a câmara solicitou uma audiência com urgência à Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, que se deverá realizar entre esta e a próxima semana.

Fonte da ARS Norte referiu que, neste momento, está a decorrer o concurso para contratação de médicos de medicina geral e familiar, via internatos, e que, em função da conclusão do mesmo e das vagas preenchidas, serão colocados clínicos nos locais onde fazem mais falta.

As questões da saúde têm sido uma das prioridades para o atual presidente da câmara de Mondim de Basto que, desde 2009 quando foi eleito pela primeira vez, tem reivindicado a colocação de mais médicos no centro de saúde local e alertado para uma indefinição na referenciação hospitalar, já que Mondim de Basto é servido pelos centros hospitalares de Trás-os-Montes e Alto Douro, Alto Ave e Vale do Sousa.

Humberto Cerqueira tem alertado ainda para a necessidade de uma viatura de emergência, o chamado Posto de Emergência Médica -- PEM, considerando que o concelho tem uma deficiente cobertura na rede de emergência médica.

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