Ucrânia: Embaixador ucraniano pede apoio mais consistente de Portugal e da UE

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 17 mar (Lusa) -- O embaixador da Ucrânia em Lisboa disse hoje à Lusa que gostaria que o apoio de Portugal à integridade territorial daquele país fosse mais consistente e espera que Bruxelas anuncie uma renovação do tratado de associação.

Embora sublinhe que Portugal "já se solidarizou com a soberania e integridade territorial da Ucrânia", Oleksandr Nykonento admitiu que gostaria "que essa voz de apoio fosse mais consistente e mais prática".

O embaixador quer ver alargada a toda a comunidade internacional a solidariedade, entre a qual destaca os países da União Europeia.

"Estamos à espera que toda a comunidade internacional, inclusivamente os nossos parceiros europeus, se solidarize com a Ucrânia e que seja renovado o acordo de associação entre a Ucrânia e a União Europeia", afirmou o embaixador em declarações à agência Lusa.

"Esperamos que, pelo menos a parte política desse acordo, seja assinada nas próximas semanas", sublinhou, referindo que a Ucrânia está atenta à decisão da reunião do conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, que se realiza hoje em Bruxelas.

Para Oleksandr Nykonento, o referendo de domingo - que apresentou um esmagador 'sim' à união da região da Crimeia à Rússia -- é ilegítimo, já que não representa "a vontade livre das pessoas que foram às urnas".

O referendo realizou-se sob "uma presença militar estrangeira na Crimeia e isso foi uma pressão psicológica muito forte sobre os cidadãos ucranianos da Crimeia", defendeu.

"Por isso, a Ucrânia não reconhece os resultados desse referendo" e, embora não esteja interessada em criar um conflito militar com a Rússia, está preparada para outras situações, garantiu.

"A Ucrânia não tem nenhum interesse em provocar uma situação [que leve] a um conflito militar, mas posso informar que o parlamento ucraniano acabou de votar uma lei para mobilização parcial, [que visa] colocar o potencial militar da Ucrânia em prontidão", disse Oleksandr Nykonento.

A decisão do parlamento ucraniano foi aprovada com os votos de 275 dos 308 deputados que participaram na sessão e justificada pelo Presidente com a "continuação da agressão na República Autónoma da Crimeia, que a Rússia tenta dissimular com uma grande farsa chamada referendo, que nunca será reconhecido nem pela Ucrânia e nem pelo mundo civilizado".

Admitindo que o povo da Ucrânia é pacífico e quer "viver em paz com todos os vizinhos e com todos os países do mundo", o embaixador sublinhou que os responsáveis são "capazes de defender o país".

Além disso, acrescentou o embaixador, a Ucrânia vai pedir ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos "que monitorize a situação na Crimeia" e "a preservação dos direitos dos cidadãos ucranianos naquela região".

PMC // HB

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