Loja do Porto da Moviflor encerrada de manhã por falta de funcionários

Loja do Porto da Moviflor encerrada de manhã por falta de funcionários
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Porto Canal

A loja do Porto da Moviflor esteve encerrada toda a manhã devido à ausência dos funcionários, em protesto pelos cinco meses de salários em atraso, estando ali concentrado um grupo de trabalhadores abrangidos pelo despedimento coletivo em curso.

Conforme constatou a agência Lusa no local, depois de inicialmente ter colocado na entrada um aviso aos clientes referindo que, devido a uma "avaria elétrica", a loja estaria encerrada durante todo o fim de semana, a gerência passou agora a informar que reabrirá já hoje, a partir das 14:00.

Contactado telefonicamente pela Lusa, um dos responsáveis da loja informou que a unidade "esteve hoje fechada por um problema informático, mas vai reabrir brevemente".

Contudo, os trabalhadores que desde o início da manhã estão concentrados frente ao estabelecimento de mobiliário e decoração afirmaram à Lusa que a loja vai reabrir porque alguns dos funcionários ausentes terão sido "convencidos" pela gerência a comparecer durante a tarde.

Em declarações à agência Lusa, Marisa Ribeiro, do Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (Cesp), salientou que os trabalhadores da Moviflor estão "desesperados" porque não recebem salários há cinco meses, tendo ainda em atraso os subsídios de férias e de Natal desde 2012.

Já os trabalhadores abrangidos pelo processo de despedimento coletivo em curso - e que, antes da homologação do Plano Especial de Recuperação (PER) da empresa, em 17 de dezembro de 2013, haviam pedido a suspensão dos contratos devido ao não pagamento dos salários - reclamam as remunerações devidas desde essa data, uma vez que desde então deixaram de receber subsídio de desemprego.

"Com a homologação do PER tivemos que regressar ao trabalho para, no dia seguinte, recebermos uma carta de despedimento com efeitos a partir de maio, mas dispensando-nos de comparecer ao trabalho, com direito a remuneração. Só que nunca nos pagaram", afirmou à Lusa uma das trabalhadoras concentradas frente à loja do Porto.

De acordo com a dirigente do Cesp, a situação de salários em atraso afeta os 700 trabalhadores da Moviflor em todo o país, cerca de 200 dos quais têm em curso um processo de despedimento coletivo que, nos termos do PER, deverá ainda abranger mais 325 pessoas.

Segundo a sindicalista, a empresa apenas liquidou recentemente 20% do salário de fevereiro e "há mais de um ano que faz promessas que não cumpre".

O PER homologado pelo Tribunal do Comércio de Lisboa a 17 de dezembro de 2013 previa a recuperação da empresa e o pagamento regular de salários, mas, até agora, a situação salarial não foi regularizada.

"Devido ao pré-aviso da greve que marcámos para 08 de março, a empresa pediu uma reunião de urgência ao sindicato, no dia 06, e comprometeu-se a pagar 80% dos salários de fevereiro até dia 14, mas não cumpriu. Não há 'feedback' nenhum e os trabalhadores começam a ficar desesperados", afirmou Marisa Ribeiro.

Segundo salientou, "ninguém dá qualquer informação aos trabalhadores, que estão numa situação miserável", sendo que "alguns já tiveram que entregar as casas e os carros ao banco e estão a viver em casa dos pais".

"Tudo o que se está a passar é tão ilegal que achamos que a empresa não tem meios para cumprir o PER", lamentou a dirigente do Cesp, adiantado que, na próxima semana, o sindicato se reunirá com os trabalhadores para decidir "qual o passo seguinte" a tomar.

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