Sete pessoas condenadas a quatro anos de prisão por incidentes na TV do Equador
Porto Canal / Agências
Quito, 13 mar (Lusa) - Sete pessoas foram condenadas a quatro anos de prisão por incidentes ocorridos num canal público da televisão do Equador, em 2010, no dia em que o Presidente do país, Rafael Correa, esteve retido por várias horas, informou, na quarta-feira, a Procuradoria-Geral.
De acordo com o responsável pelo caso, a 30 de setembro de 2010 os acusados "irromperam violentamente no interior do Equador TV, destruíram bens estatais e paralisaram o serviço público de telecomunicações".
Os incidentes ocorreram no contexto dos protestos protagonizados por centenas de polícias que reclamavam melhorias salariais, que mantiveram retido durante quase todo o dia num hospital Rafael Correa, libertado à noite no âmbito de uma operação de forças especiais do Exército.
O Equador TV era o único meio de comunicação autorizado nesse dia informar sobre a insubordinação policial, pelo que "se tornou evidente o facto de que a intenção dos acusados era alterar a ordem pública, destruindo bens e amedrontando os funcionários do Canal", referiu a procuradoria numa nota, citada pela Efe.
A procuradoria sublinhou, por outro lado, que as provas apresentadas confirmam que os acusados "conseguiram suspender a programação do canal público e, através do mesmo, incitaram, de seguida, ao apoio [a esses oficiais], o que alterou a paz social".
As sete pessoas - de um total de 13 acusados - foram condenadas por sabotagem.
Os outros quatro acusados estão a monte, dois dos quais fora do Equador, em situação de exílio político.
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