Cineteatro Messias na Mealhada celebra 70 anos em 2020 com "programação para todos"

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Porto Canal com Lusa

Mealhada, Aveiro, 02 dez 2019 (Lusa) - A diversidade vai marcar a programação cultural e artística do Cineteatro Messias em 2020, ano em que celebra 70 anos de atividade, disse hoje o diretor deste equipamento gerido pela Câmara da Mealhada, Miguel Gonçalves.

"Queremos um Cineteatro Messias para todos os públicos, por isso apostamos numa programação transversal e diversificada, que vai da música clássica à revista à portuguesa", justificou Miguel Gonçalves.

José Cid, Paulo de Carvalho, o maestro Rui Massena, Fernando Mendes, Black Mamba e António Raminhos são as principais apostas do Cineteatro Messias para os primeiros seis meses de 2020.

O ano arranca com a celebração dos 70 anos de atividade do Cineteatro, mandado construir pelo benemérito comendador Messias Baptista, fundador das Caves Messias.

"Tirando partido da sua influência e relacionamento com os melhores arquitetos que projetavam as grandes obras da época, o industrial deixou o projeto a cargo do consagrado arquiteto Raul Rodrigues Lima, com larga experiência em edifícios desta natureza, de que são exemplo o Teatro Micaelense, o Teatro Avenida de Aveiro, o Império de Lagos e o emblemático Monumental de Lisboa", contou Miguel Gonçalves.

Em meados da década de 80 do século XX, o Cineteatro foi forçado a encerrar devido à acentuada degradação do edifício. Retomou a atividade em 2001, após obras de requalificação que reduziram plateia de 500 para 368 cadeiras, já sob a gestão da autarquia, que assegurou, junto da família Messias, o direito de superfície por 55 anos renováveis.

O Cineteatro recebeu um impulso nos últimos anos, com um sistema de gestão pouco habitual nos teatros municipais, baseado nas receitas da bilheteira.

"A autarquia não paga aos artistas. Disponibiliza o teatro, assegura a promoção e a segurança dos espetáculos e ajuda os artistas nas deslocações e alimentação graças à colaboração do restaurante Rei dos Leitões e Hotel do Luso. Até o som e a luz são fornecidos gratuitamente, mediante protocolos com duas empresas", explicou Gonçalves.

O "cachet" dos artistas depende, assim, do resultado da bilheteira. "É um risco controlado para os artistas, uma vez que os nossos serviços trabalham muito na promoção dos espetáculos, nomeadamente contactando empresas e IPSS interessadas em terem os seus colaboradores e utentes na plateia", relatou o responsável pela programação.

Este modelo exige "muita persuasão" para conseguir alinhar uma programação que mistura referências nacionais nas diversas áreas e dá ainda espaço para atrações locais.

A programação de 2020 arranca no dia 17 de janeiro, com um espetáculo de humor, dois espetáculos de música e teatro gratuitos e a inauguração de uma exposição.

O humorista António Raminhos, que já esgotou duas sessões no Messias, regressa nesse dia à Mealhada com o seu novo espetáculo de stand-up: "O sentido das Coisas...e isso".

No dia seguinte, em que se celebram 70 anos da abertura do Cineteatro, a programação "será uma simbiose de propostas locais e nacionais". O espetáculo "70 anos do Messias" conta com música, dança e teatro com PAMA, Escola de Samba Sócios da Mangueira, Oficina de Teatro do Cértima, Grupo Cénico de Santa Cristina, Companhia de Teatro Caixa de Palco, Ballet do Hóquei Clube da Mealhada, Filarmónica Lyra Barcoucense e Filarmónica Pampilhosense, com o seu grupo Dixie.

A revista à portuguesa "Quero ir pra ilha", que comemora os 50 anos de carreira do ator Carlos Areias, está agendada para o dia 19 de janeiro.

Em fevereiro, o destaque vai para a música. No dia 08, subirá ao palco do Messias o projeto "The Black Mamba", num dos últimos espetáculos da sua digressão "Good Times Tour". Em 22 de fevereiro, será a vez do maestro, compositor e pianista Rui Massena.

Em março, o destaque vai para José Cid, recente vencedor de um Grammy Latino de Excelência Musical, que no dia 08 passa em revista a sua carreira, tendo como convidado o cantor Mário Mata. A receita reverterá para as duas corporações de bombeiros existentes no município, Mealhada e Pampilhosa.

Em 28 de março haverá espaço para o teatro infantil, "uma área que foi introduzida na programação do Cineteatro Messias em 2019 e que se tem revelado de grande sucesso", referiu Miguel Gonçalves.

A história, trazida pela Plateia D'Emoções, é a do "Capuchino Vermelho", mas numa versão diferente, promete a companhia de teatro.

Abril é dominado pela atuação do cantor Paulo de Carvalho, que promete invocar a Revolução dos Cravos num concerto no dia 18.

No dia 23 de maio, encerra a programação do primeiro semestre de 2020 com a peça Insónia, com o apresentador e ator Fernando Mendes.

Ao longo de todo o ano estará patente a exposição "70 anos do Messias", que pretende "dar a conhecer a história do Cineteatro Messias: os protagonistas, os seus momentos auge, as curiosidades, as suas estórias", referiu Miguel Gonçalves.

"Através de fotografias, objetos, notícias de jornais, depoimentos e memórias, procuramos recuperar e relembrar o percurso desta grande casa de espetáculos que nasceu, em 1950, pelas mãos e benemerência do Comendador Messias Baptista", concluiu.

RBF // SSS

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