China aprova criação de cinco novos bancos de propriedade privada

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Porto Canal / Agências

Pequim, 11 mar (Lusa) - As autoridades chinesas anunciaram hoje um programa piloto para a criação de cinco entidades financeiras de capital privado, numa tentativa de liberalizar o setor financeiro do país.

O presidente da Comissão Reguladora da Banca chinesa, Shang Fulin, confirmou hoje o projeto, em conferência de imprensa, assegurando que, neste momento, essas entidades poderão estabelecer-se nos municípios de Tianjin e Xangai e nas províncias de Zhejiang e Cantão.

O chefe do organismo regulador bancário explicou que foram selecionadas dez empresas privadas para participarem nos "trabalhos de preparação" para a posterior criação dos bancos.

Apesar de não ter especificado quais as companhias, vários meios de comunicação social oficiais chineses publicaram hoje que, entre as selecionadas, se encontra o gigante do comércio eletrónico Alibaba, a tecnológica Tencent Holdings, a empresa Chint Electronics e os grupos Juneyao, Fosun e Wanxiang.

Cada um dos bancos piloto, explicou, vai contar, no mínimo, com dois acionistas privados, os quais serão escolhidos após "exames e controlos exaustivos".

"Os novos bancos privados ficarão sujeitos à mesma regulação que os outros, embora devam ter as suas próprias características, centrando-se sobretudo em financiar as pequenas e médias empresas", indicou.

"A Comissão Reguladora Bancária evitará que as novas entidades se transformem em ferramentas de financiamento para os seus acionistas", frisou Shang Fulin.

Vários analistas argumentam que as grandes empresas estatais, especialmente os bancos, cresceram tanto - ou estão politicamente tão bem conetados - que apenas concedem empréstimos a determinadas empresas "amigas", fazendo com que o financiamento não chegue às empresas mais pequenas.

Atualmente, o primeiro e único grande banco privado na China é o Minsheng, o qual foi estabelecido em janeiro de 1996.

O setor bancário no gigante asiático é controlado pelos chamados "quatro grandes", cujo principal acionista é o Estado: o ICBC, o Banco de China, o Banco Agrícola da China e o Banco de Comunicações da China.

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