APED defende que serviços mínimos para greve dos motoristas devem incluir distribuidoras

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 24 jul 2019 (Lusa) -- A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição defendeu hoje que os serviços mínimos na greve dos motoristas devem incluir o transporte de bens alimentares e garantiu estar a trabalhar com o Governo para minimizar os efeitos da paralisação.

A APED entende que "a distribuição de bens alimentares deve ser incluída nos serviços mínimos, caso a greve dos motoristas venha a avançar, tendo já formalizado o pedido junto da Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT)", avançou, em resposta à Lusa, o diretor-geral da associação, Gonçalo Lobo Xavier.

Segundo o responsável, a APED também tem vindo a trabalhar com o Governo e com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) para que possam ser minimizados os efeitos da "possível" paralisação.

"Do ponto de vista logístico, as empresas do setor têm estado a analisar soluções, embora seja prematuro falar deste tipo de ações numa fase em que importa apelar à tranquilidade junto dos consumidores", notou.

Os sindicatos dos motoristas que entregaram pré-aviso de greve com início em 12 de agosto e a ANTRAM não chegaram a acordo para serviços mínimos.

O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) e a ANTRAM estiveram reunidos hoje na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), para definir os serviços mínimos para a greve de agosto.

No pré-aviso de greve entregue pelos sindicatos, eram propostos serviços mínimos de 25% em todo o país.

Por sua vez, as empresas propunham 70% de serviços mínimos garantidos.

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, assegurou hoje, no Entroncamento, que o Governo está "a trabalhar" na questão da greve dos trabalhadores dos transportes rodoviários e que os serviços mínimos "serão numa dimensão muito satisfatória".

Anteriormente, o ministro tinha defendido que os portugueses devem começar a "abastecer" as suas viaturas para "se precaverem" no caso de haver greve dos motoristas a partir de 12 de agosto.

A ANTRAM defende que a postura "socialmente irresponsável" dos sindicatos dos motoristas justifica "requisição civil preventiva", conforme disse hoje à Lusa o representante da associação dos transportadores, após a falta de acordo nos serviços mínimos para a greve de agosto.

"Se isto não é caso para uma requisição civil preventiva, então não sei o que é", defendeu André Matias de Almeida, classificando a postura dos sindicatos de "socialmente irresponsável".

PE (ACG/MLL/MPE) // EA

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