Confederação do Turismo pede à 'troika' menos custos e mais financiamento para sector
Porto Canal / Agências
Lisboa, 26 fev (Lusa) -- A Confederação do Turismo Português (CTP) apelou hoje perante a 'troika' à resolução das dificuldades que o setor continua a enfrentar, em particular concentradas nos custos de contexto, financiamento das empresas e no peso dos impostos.
Em comunicado na sequência da reunião dos parceiros sociais com representantes da 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional), a CTP afirmou ser "necessário combater os problemas que ainda se colocam ao setor, nomeadamente, os custos de contexto, o financiamento das empresas e a carga fiscal na restauração e no golfe".
"Quer o mercado interno, quer o espanhol, que desde o início da crise se tinham comportado de forma muito recessiva, durante o ano transato tiveram já uma variação animadora, uma vez que o espanhol apresentou já um tímido crescimento e o mercado interno abrandou consideravelmente a sua descida", disse, no mesmo documento, o presidente da CTP, Francisco Calheiros, que salientou que a tendência deverá manter-se este ano, "se nada de anómalo suceder".
Os parceiros sociais vão propor à 'troika' uma redução da carga fiscal para famílias e empresas, bem como uma moderação salarial, numa reunião que decorre em sede de Concertação Social no âmbito da 11.ª avaliação ao programa de ajustamento.
À entrada para este encontro com representantes do Banco Central Europeu, da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços (CCP), João Vieira Lopes, disse não ter grandes expectativas, pois "normalmente a 'troika' ouve muito e fala pouco".
Por seu lado, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, defende uma "moderação salarial", sublinhando que "há outras prioridades para gerar competitividade" na economia.
Do lado das centrais sindicais, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, rejeitou qualquer mexida salarial, frisando que o país se encontra "numa situação de insustentabilidade económica, social e também demográfica".
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