Irão renuncia a dois outros compromissos do acordo nuclear a 07 de julho

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Teerão, 25 jun 2019 (Lusa) -- O Irão libertar-se-á "resolutamente" de dois outros dos seus compromissos no quadro do acordo internacional sobre o seu programa nuclear "a partir de 07 de julho", noticiou hoje a agência iraniana Fars, citando um alto responsável iraniano.

O responsável disse estar cansado da "insolência" dos europeus, segundo a Fars.

Teerão anunciou a 08 de maio que deixaria de respeitar dois dos seus compromissos no âmbito do acordo, renunciando a limitar as suas reservas de água pesada e de urânio enriquecido.

O presidente Hassan Rohani fez ainda um ultimato, dando 60 dias aos Estados ainda parte do acordo para que eles o ajudem a contornar as sanções norte-americanas.

Os Estados Unidos retiraram-se unilateralmente do pacto em maio de 2018 e restabeleceram sanções ao Irão, que arruínam a sua economia.

Rohani disse que o Irão deixará de respeitar as restrições sobre o grau de enriquecimento de urânio (limitado a 3,67% pelo acordo) e retomará o seu projeto de construção de um reator de água pesada em Arak (centro) se os signatários do acordo não cumprirem os seus compromissos.

A agência Fars indicou ter recebido hoje uma "nota exclusiva" do almirante Ali Shamkhani, secretário-geral do Conselho Supremo da Segurança Nacional (CSSN), na qual ele se queixa dos europeus por exercerem uma "pressão crescente" para forçar o Irão "a continuar a respeitar" os seus compromissos "sem que as outras partes" cumpram os seus.

Consequentemente, refere a nota, "tendo por base a decisão do CSSN" anunciada a 08 de maio, "a segunda etapa do plano de redução dos compromissos assumidos pelo Irão (...) começará resolutamente a partir de 7 de julho".

Deste modo, "os países que tomaram a 'paciência' da República Islâmica por fraqueza e letargia" verão que "a resposta do Irão à agressão do 'drone' norte-americano (abatido a 20 de junho) não será diferente daquela" que se oporá aos seus "esforços políticos dissimulados para restringir os direitos inalienáveis do povo iraniano", adianta a Fars citando a nota.

O pacto assinado em Viena em 2015 entre o Irão e os 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança -- Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China -- mais a Alemanha) limita o programa nuclear iraniano em troca do levantamento das sanções internacionais.

A Europa adotou uma série de medidas de contraponto em relação às sanções impostas pelos Estados Unidos desde maio de 2018, mas estas não têm sido eficazes.

PAL (PSP) // FPA

Lusa/fim

+ notícias: Mundo

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.