Petrolífera angolana Sonangol reafirma meta de produção de 2 milhões de barris/dia em 2015

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Porto Canal / Agências

Luanda, 25 fev (Lusa) - A petrolífera angolana Sonangol reafirmou hoje a meta de produção de dois milhões de barris diários em 2015, o que, a confirmar-se, colocará Angola como maior produtor do continente africano.

A meta foi reafirmada por Paulino Jerónimo, administrador da Sonangol, durante a conferência de imprensa anual realizada em Luanda e que serviu ainda para assinalar o 38.º aniversário da empresa.

"Quanto à meta de 2 milhões de barris por dia em 2015 mantém-se. Estamos a resolver os problemas que vão surgindo. Como contribuição para essa meta nós teremos a contribuição adicional de dois campos esse ano, um no bloco 17 e outro no 15/06. Significa que a nossa meta continua a mesma, de 2 milhões de barris a partir de 2015 e manter por cinco anos", assegurou.

Os números das exportações de crude angolano previstas até março demonstravam ser muito difícil que Angola ultrapassasse a Nigéria como maior produtor africano.

Segundo estimativas, no primeiro trimestre deste ano, Angola terá exportado o equivalente a 1,533 milhões de barris por dia, ao passo que a Nigéria terá conseguido enviar 1,917 milhões diariamente, o que faz com que, no final do primeiro trimestre, os dois países estejam separados por mais de 35 milhões de barris (172 milhões da Nigéria contra 137 milhões de barris angolanos).

De acordo com estes dados da agência financeira Bloomberg, compilados pela Lusa, Angola exportou no ano passado um total de 625,1 milhões de barris de petróleo, bem abaixo dos 719 milhões de barris exportados pela Nigéria, o maior produtor africano.

As exportações petrolíferas, aliás, ficam abaixo das próprias previsões do Governo angolano, que no Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) estima que em 2013 teria chegado aos 673,6 milhões de barris.

Angola é atualmente o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana, atrás da Nigéria, com cerca de 1,7 milhões de barris/dia e o objetivo assumido pelo ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, era de atingir a cifra de 2 milhões diários.

Na conferência de imprensa de hoje, Paulino Jerónimo justificou a quebra na produção com "problemas operacionais" ocorridos sobretudo em novembro de 2013.

"O bloco 17 é onde houve a maior parte dos problemas. Produz um terço da produção de Angola e quando há um problema afeta muito a nossa produção geral", salientou.

O bloco 17 é operado pela francesa Total que detém 40% do consórcio em que participam ainda a norueguesa Statoil (23,33%), a americana ExxonMobil (20%) e a britânica BP (16,67%).

A meta de 2 milhões de barris diários foi também reafirmada, no final da conferência de imprensa, pelo presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Francisco Lemos.

Todavia, Francisco Lemos disse que a Sonangol aguarda que os responsáveis de empresas petrolíferas estrangeiras justifiquem os problemas registados.

"Esperamos que os diretores-gerais da Chevron (americana), Total, BP e ESSO, também a seu tempo nos deem esclarecimentos adicionais sobre o que realmente se passou em novembro nas áreas sobre a sua jurisdição contratual", disse.

EL (MBA) // VM

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