Bolsas europeias seguem negativas com tensões comerciais entre EUA e China

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 13 jun 2019 (Lusa) -- As principais bolsas europeias estavam hoje negativas, com as tensões entre EUA e China a manterem-se na ordem do dia, após Trump já ter afirmado que o acordo entre as duas potências não vai acontecer durante a cimeira do G20.

Pelas 08:10 (hora de Lisboa), o Eurostoxx 50 cedia 0,29%, para 3.377,15 pontos.

Entre as principais bolsas europeias, Milão cedia 0,71%, Madrid 0,47%, Londres 0,42%, Paris 0,25% e Frankfurt 0,33%.

Em Lisboa, o PSI20, regrediu 0,54%, para 5.179,13 pontos.

Na terça-feira, o secretário do Comércio norte-americano indicou que Estados Unidos da América (EUA) e China não vão anunciar um tratado comercial durante a cimeira do G20, que decorrerá no final de junho no Japão.

"A cimeira do G20 não é o lugar para concluir um acordo comercial definitivo", declarou Wilbur Ross em declarações à CNBC, salientando, contudo, que se pode chegar a um entendimento sobre "o caminho a seguir".

Na segunda-feira, o Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que "está previsto" encontrar-se com o Presidente chinês, Xi Jinping, durante a cimeira do G20 que vai decorrer a 28 e 29 de junho no Japão.

Trump, também em declarações à CNBC, ameaçou mesmo impor novas taxas alfandegárias à China se o encontro não tivesse lugar.

O Presidente norte-americano tem vindo a subir gradualmente as taxas alfandegárias impostas a produtos chineses, com o pretexto de querer reduzir o gigantesco défice comercial dos Estados Unidos com a China.

Washington quer também uma série de compromissos de Pequim quanto ao respeito pela propriedade intelectual e o fim das subvenções do Estado a empresas chinesas.

A China, que tem retaliado as medidas dos Estados Unidos, afirma que quer continuar as negociações comerciais, mas recusa a pressão norte-americana.

Em 07 de junho, O Facebook deixou de permitir que as suas aplicações sejam pré-instaladas nos telemóveis da multinacional chinesa Huawei, em linha com as restrições impostas pelos Estados Unidos.

Citada pela agência AP, a rede social anunciou, na altura, que suspendeu o fornecimento de 'software' para a Huawei enquanto analisa as sanções impostas pela administração de Donald Trump.

Recentemente, o Governo dos Estados Unidos proibiu as empresas norte-americanas de utilizarem equipamentos da Huawei, tendo também ameaçado vários países europeus de deixar de partilhar informações militares e de segurança, caso seja autorizada a tecnologia da multinacional chinesa.

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